2017-5-03
De acordo com a IDC, o primeiro trimestre de 2017 revelou-se positivo para o mercado global de smartphones, que cresceu 4,3% e totalizou 347.4 milhões de unidades vendidas mundialmente
Ao contrário da contração esperada pelo mercado de smartphones, a verdade é que os utilizadores continuam a adquirir dispositivos e, de acordo com a consultora, os principais fabricantes têm maior procura do que nunca. “Os resultados do mercado de smartphones do primeiro trimestre provam que esta indústria não está morta e que ainda existe espaço para crescimento”, refere Ryan Reith, program vice president, IDC's Worldwide Quarterly Mobile Device Trackers. “Sem dúvida que 2016 foi um ano crucial para a indústria, à medida que o crescimento baixou para um dígito pela primeira vez. Contudo, acreditamos que a indústria deverá recuperar em 2017, e os fortes resultados do primeiro trimestre mostram isso mesmo”. Para o crescimento do mercado nos primeiros meses do ano foram essenciais os grandes lançamentos de dispositivos flagship da parte da Huawei, com o P10, e da Samsung, com o Galaxy S8, que mostram que a inovação ainda é possível. A expetativa está toda agora no lançamento do novo iPhone, que será também capaz de gerar uma grande fonte de crescimento para o mercado de smartphones. Para a IDC, continua a haver uma grande concorrência entre os principais fabricantes chineses, cujo mercado é liderado pela Huawei. Estes três fabricantes têm vindo a solidificar a sua quota de mercado no mercado chinês no último ano e pretendem cada vez mais aumentar a sua influência noutras geografias. A Samsung voltou a liderar o mercado global de smartphones e, apesar de não ter obtido qualquer crescimento (0,0%), o fabricante sul coreano manteve o primeiro lugar deste mercado, com 79,2 milhões de unidades vendidas e uma quota de mercado de 22,8%. Tendo em conta o pequeno percalço que a Samsung enfrentou há pouco tempo com o seu Note 7, estes resultados acabam por se revelar positivos e mostram que os utilizadores podem não ter perdido totalmente a confiança na marca. O crescimento da Apple manteve-se estagnado. O fabricante conseguiu um tímido crescimento de 0,8%, com as suas unidades vendidas a passarem de 51.2 no Q1 de 2016 para 51.6 milhões no primeiro trimestre deste ano. Embora tenha obtido um crescimento, embora que mínimo, a quota de mercado da Apple caiu de 15,4% (Q1 2016) para 14,9% (Q1 2017). A Huawei fecha assim top três e os seus resultados mostram-se positivos. Com um crescimento homólogo de 21,7%, o fabricante chinês vendeu 34,2 milhões de unidades durante os primeiros meses do ano e consolidou uma quota de mercado de 9,8%, que, ainda longe dos dois principais fabricantes mundiais de smartphones, está a ganhar terreno. |