Rui Damião em 2019-12-19

HARD

Os melhores produtos do ano

2019 está prestes a chegar a fim. Ao longo do ano, foram lançados vários dispositivos. Smartphones, portáteis ou impressoras foram apenas alguns dos produtos que fomos testando ao longo de 2019. Estes são os melhores produtos (e inovações) do ano para o IT Channel

Os melhores produtos do ano

Melhor smartphone 

Apesar de a Samsung lançar vários smartphones ao longo do ano, o mercado espera ansiosamente por duas linhas específicas: a S e a Note. Essa espera, pelo menos no caso da linha Note, valeu a pena; o Galaxy Note 10+ é um dos produtos do anos. 

Longe vão os tempos em que o Note 7 entrava em combustão e que colocou em risco uma linha de smartphones que sempre foi direcionada para os executivos, mais do que para os consumidores tradicionais. 

O que salta mais à vista neste smartphone é o ecrã, que a Samsung diz ser o maior de sempre num Note. 

O “ecrã cinemático infinity-O” tem 6,8 polegadas e ocupa quase toda a parte da frente do dispositivo – com exceção do ‘furo’ para a câmara frontal. Apesar do tamanho, o dispositivo é fácil de agarrar e, principalmente, de utilizar para trabalhar quando o utilizador está, por exemplo, fora do escritório. 

A S Pen tem sido uma imagem de marca da linha Note. Ainda que fisicamente não tenha sofrido muitas alterações, o que é possível fazer com a caneta é cada vez mais e melhor. 

A funcionalidade Doodle RA, por exemplo, combina a câmara do smartphone, funcionalidades de realidade aumentada e a caneta para que seja possível personalizar as fotografias com desenhos dinâmicos, efeitos e animações. 

A bateria é um ponto cada vez mais importante em todos os dispositivos, sejam eles smartphones ou portáteis. No caso do Galaxy Note 10+, a Samsung promete que, em apenas 30 minutos, é possível ter bateria para um dia inteiro de trabalho. 

E desempenho? A Samsung criou uma autêntica máquina que cabe no bolso do utilizador. O Note 10+ oferece um desempenho superior em comparação com outros smartphones de topo. Segundo a própria Samsung, este smartphone conjuga num único dispositivo “um computador, uma consola de jogos, um estúdio de cinema e uma caneta inteligente”. 

É um facto que o mercado de smartphones está cada vez mais saturado e ter um dispositivo que se destaque dos demais é difícil. No entanto, o Samsung Galaxy Note 10+ é um dos melhores smartphones alguma vez criado e o melhor deste ano.

 


Melhor portátil

Na edição 62 (novembro) do IT Channel, fizemos uma análise a um portátil da Lenovo que apenas pecava pelo preço (onde a versão mais básica era de 1.942 euros e, com todos os extras, chegava facilmente aos 3.950 euros). O ThinkPad X1 Extreme Gen2 é, sem sombra de dúvida, o portátil do ano. Tudo o que a Lenovo promete com este portátil é cumprido sem grandes dificuldades. 

Estamos a falar de um portátil que conta com a nona geração de processadores da Intel e que podem começar nos i5 e acabar nos i9, um disco rígido que pode chegar aos 4TB e um ecrã Full HD que pode ser alterado para 4K. 

O portátil tem Extreme no nome e, tal como foi mencionado na análise, a performance do dispositivo é, de facto, extrema. Para além do processador já mencionado, a Lenovo colocou também uma placa gráfica NVIDIA GeForce GTX1650 e uma memória RAM que vai desde os “simples” 8GB até aos 64GB. 

Tal como referido anteriormente, a bateria é um fator cada vez mais importante num dispositivo. A Lenovo promete até 14 horas de utilização com uma única carga e, de facto, é fácil trabalhar um dia inteiro com o portátil sem ligar um carregador. 

Em termos de design, não podemos dizer que é inovador, como foi no caso do Samsung Galaxy Note 10+. O ThinkPad X1 Extreme Gen2 segue a clássica linha do ThinkPad que a IBM apresentou em 1992 ao mercado. Ao contrário dos ThinkPad 700, 700C e 700T apresentados pela ‘Big Blue’ nessa altura, o X1 Extreme Gen2 é muito mais leve e mais fino: 1,7kg e uma altura de 16,9mm quando fechado. Este portátil da Lenovo não é o mais leve do mercado mas o peso não deixa de impressionar se tivermos em conta tudo o que a máquina leva, como já foi mencionado. 

Como é normal na linha ThinkPad, o dispositivo foi construído para ser robusto e durar. A Lenovo afirma que foi testado em 12 requisitos de nível militar, tendo sido alvo de mais de 200 verificações de qualidade de forma a garantir que o portátil funciona em todas as condições possíveis.

 


Melhor impressora 

Há a perceção que as organizações imprimem cada vez menos. No entanto, uma impressora é um bem essencial para qualquer empresa. Ter a impressora certa é necessário para que se perca o menor tempo possível nas operações da organização. 

As impressoras multifuncionais são, possivelmente, mais utilizadas no mercado do que as impressoras simples que apenas imprimem o que é estritamente necessário; atualmente, pede-se que uma impressora faça fotocópias, digitalize e, se possível, que imprima alguns documentos. 

Na categoria de impressoras, o IT Channel está a contar, também, com as multifunções. Neste ponto, a vencedora é a MF443dw da Canon

Este dispositivo multifuncional imprime e tira cópias a preto e branco e tem, também, digitalização. Ao contrário de algumas outras multifunções, não tem a funcionalidade de fax. 

A MF443dw tem uma velocidade de impressão de 38 páginas por minuto em A4 e 63 páginas por minuto em A5 com uma qualidade de impressão de 1.200 por 1.200 dpi. Para além disto, esta multifunções da Canon tem funcionalidades de impressão avançada, como impressão segura e Application Library e é compatível com Google Cloud Print, AirPrint, Canon Print Business app e Mopria. 

Falando de digitalização, este dispositivo tem uma digitalização tipo plano e DADF, qualidade de impressão de 9.600 por 9.600 dpi e permite digitalizar diretamente para PC, para serviços cloud, para email, USB, FTP e i-Fax. 

Em termos de fotocopiadora, uma funcionalidade ainda muito utilizada nas pequenas e médias empresas portuguesas, a MF443dw tem uma velocidade de cópia de uma face até 38 páginas por minuto e duplex até 30 páginas por minuto. A resolução da cópia é de 600 por 600 dpi. 

Se olharmos para a gestão de papel, esta multifunções tem uma cassete para um máximo de 250 folhas e um tabuleiro multifunções para cem folhas. 

A MF443dw não fica nada atrás em termos de características gerais. A memória é de 1GB e o ecrã tátil a cores tem um tamanho de 12,7cm. 

Em termos de conectividade, conta com USB 2.0 HiSpeed, vários tipos de ligação wireless e ligação direta sem fios. Por fim, e falando dos consumíveis, um ponto sempre importante na aquisição de uma nova impressora ou multifunções, é possível imprimir perto de 3.100 páginas com os tinteiros disponíveis de origem, podendo ser adquiridos consumíveis que têm capacidade para imprimir até dez mil páginas.

 


Inovação

Em termos de produtos de consumo, o que mais se destaca em 2019 é a chegada dos produtos com ecrãs dobráveis. A Samsung e a Huawei começaram o ano por apresentar as suas propostas no segmento; a empresa sul-coreana apresentou o Galaxy Fold (que chega este mês às lojas nacionais), enquanto a empresa chinesa mostrou o Mate X (lançado em novembro em mercados selecionados). 

Depois da Samsung e da Huawei, também a Motorola – neste final de ano – apresentou uma nova versão do Razr, o seu icónico telemóvel concha que é agora reinventado com um ecrã dobrável. 

Mas nem só de smartphones se fazem produtos dobráveis; a Lenovo apresentou também um portátil com ecrã dobrável – que diz ser o primeiro do mundo – dentro da sua principal gama, a ThinkPad X1. Por outro lado, este portátil só irá chegar aos consumidores em 2020. 

Os ecrãs dobráveis são – sem dúvida – a melhor inovação a chegar ao mercado durante 2019. Nenhum dos produtos referidos pode ser considerado o melhor produto do ano porque, de facto, não o é; a tecnologia está a ser aplicada, mas ainda não chegou àquilo que pode chegar e que é desejável. 

Não há dúvida de que todos estes produtos são inovadores e disruptivos para o mercado atual, mas estão longe do seu ponto principal. 

Certamente que, daqui a dez anos, por exemplo, ter um smartphone com ecrã dobrável será tão ou mais banal do que ter um smartphone hoje em dia. A tecnologia irá evoluir e os produtos tornar-se-ão necessariamente melhores.

O ponto inicial da tecnologia é promissor, apesar dos problemas que algumas marcas tiveram com os seus ecrãs; o que está para vir no campo dos smartphones e portáteis (assim como outros produtos) dobráveis é entusiasmante. 

Em fevereiro, depois da Samsung e da Huawei apresentarem as suas ofertas neste mercado e antes dos problemas que afetaram o ecrã do Galaxy Fold terem levado a Samsung a adiar o lançamento do smartphone, a Canalys estimou que seriam vendidos apenas dois milhões de unidades em todo o mundo. 

O objetivo, explicava a empresa, era “captar a consciência do consumidor”. 

Ben Stanton, analista sénior da Canalys, explicou na altura que os dispositivos “vão chegar tarde demais” ao mercado para “afetar significativamente os números de vendas deste ano”, mas onde os fabricantes tinham que oferecer “smartphones dobráveis que devem garantir uma excelente qualidade e durabilidade” para que “o fator dobrável tenha uma oportunidade” no mercado. 

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