2016-10-25

HARD

Mercado de PCs estabiliza graças aos notebooks profissionais

Embora tenham sofrido uma queda de 3,3% face ao Q3 de 2015, as vendas de PCs na EMEA surpreenderam ao alcançar as 17.9 milhões de unidades

Mercado de PCs estabiliza graças aos notebooks profissionais

De acordo com os dados da IDC, os notebooks foram os responsáveis pela estabilização do volume de vendas de PCs nesta região, uma vez que subiram 0,7%, impulsionados pelos equipamentos mais finos e leves oferecidos pelos fabricantes.

O terceiro trimestre deste ano da EMEA ficou marcado por flutuações cambiais, enfraquecimento da moeda e instabilidade política, incluindo o Brexit. Apesar destas incertezas, as vendas de notebooks profissionais conseguiram manter-se positivas e cresceram 5,6% na EMEA, comparativamente ao terceiro trimestre de 2015. Porém, numa tendência totalmente oposta, a venda de notebooks do segmento de consumo decresceu 2,6% nesta região. Por sua vez, os desktops refletiram uma contração de 10,6%.

Estes números contrariam as expetativas que haviam sido criadas para o segmento de consumo, que tinham como base, entre outras coisas, o aniversário do Windows 10, que não se mostrou significativo para as vendas de PCs.

“O mercado de PCs continuou a ser diferenciado na EMEA, com apenas uma tendência comum: a queda dos desktops”, refere Andrea Minonne, research analyst, IDC EMEA Personal Computing. “Embora os desktops tenham registado resultados negativos e mais uma vez a sua procura tenha sido fraca na EMEA, os notebooks tiveram uma performance diferente em todas as subregiões. Mais uma vez, o mercado profissional da Europa Ocidental  obteve bons resultados no Q13 de 2016, graças a uma adoção crescente de notebooks em resposta às necessidades de mobilidade das empresas”.

Na Europa Ocidental os notebooks obtiveram um crescimento de 1,0%, embora tenham sofrido diversos desafios no que concerne o segmento de consumo. Entre os principais fatores para a fraca prestação dos notebooks entre os consumidores está o aumento de preços e as incertezas que rondam o mercado, que levam a que os utilizadores ampliem a vida dos seus equipamentos.

A nível regional, Portugal, Espanha e Grécia mantiveram-se abaixo da média do mercado, principalmente devido à fraca recuperação do mercado.

A nível de fabricantes, os cinco principais fabricantes juntos conseguiram uma quota de mercado global de 76,8%, comparativamente com os 71,5% conquistados em 2015. Os fabricante do pódio, em conjunto, conseguiram adquirir 57% do volume total do mercado (53,6% no Q3 de 2015), consolidando a sua posição.

A HP lidera na EMEA, com uma quota de mercado de 26%; ao passo que a Lenovo ocupa a segunda posição, com 20,1% de quota de mercado, estável em relação ao período homólogo; e a Dell completa o pódio com 10.9% de quota de mercado, uma performance positiva a dois dígitos, impulsionada pelos notebooks profissionais.

A ASUS encontra-se colocada logo a seguir à Dell, com 10,3% de quota de mercado, um aumento significativo face ao Q3 de 2015, onde a sua quota não atingia dos dois dígitos. A completar o top cinco está a Acer, que enfrentou alguns desafios no mercado da EMEA e se manteve estável face ao Q3 de 2015.

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