2016-4-20
Segundo a Gartner, foram vendidas 19.5 mil milhões de unidades no primeiro trimestre de 2016, menos 10 por cento em relação ao período homólogo. Os híbridos mais finos e leves registaram um aumento da procura, ao passo que a HP aumentou a sua quota de mercado na região, onde tem o seu melhor desempenho
Embora o decréscimo das vendas de PCs na EMEA esteja a acompanhar o ritmo das vendas mundiais, os fatores divergem:“Enquanto o decréscimo no mercado de PCs na EMEA é similar à queda de 9.6 por cento verificada globalmente, existem algumas diferenças nesta região”, refere Isabelle Durand, principal analyst da Gartner. “Na EMEA verificámos diversos fatores distintivos devido à clara divisão entre os mercados doméstico e profissional de PCs, mas também regionalmente entre a Europa Ocidental e a restante EMEA. Alguns fabricantes de PCs tiveram dificuldades em gerir o inventário e o lucro nestas condições constantemente em mudança”. A HP teve uma melhor performance na EMEA, durante o primeiro trimestre de 2016, do que a nível global. Aumentou a sua quota de mercado, apesar de registar uma queda de 2.5 por cento das suas vendas, enquanto a Lenovo perdeu quota de mercado. A Asus arrecadou o terceiro lugar, embora tenha sido o único fabricante do top cinco a verificar um aumento das suas vendas, crescendo 3.9 por cento no primeiro trimestre de 2016. Apesar da pouca procura por PCs profissionais verificada no primeiro trimestre de 2016, existiu uma tendência pela procura por PCs mais finos e leves com teclado removível (ou seja, os híbridos), tanto no segmento doméstico como no profissional. As vendas no segmento de PCs para jogos também aumentou, principalmente nos mercados mais maduros. “Apesar das fraquezas contínuas no mercado de PCs da EMEA, as vendas domésticas no Reino Unido e na Alemanha estabilizaram, o que beneficiou a HP”, indica Isabelle Durand. “A comercialização de desktops e portáteis profissionais decaíram, uma vez que os compradores continuaram a migração para o Windows 10 e atrasaram a sua implementação até ao final de 2016”. Em França, o foco dos consumidores esteve direcionado para a TV de alta definição, em vez de em PCs. “Estas várias tendências na maioria dos mercados da Europa Ocidental revelam que os fabricantes estão a falhar em oferecer aos consumidores e empresas um motivo para fazerem um upgrade do seu PC atual”, destaca Isabelle Durand. “Todos estes fatores combinados colocaram uma pressão forte na procura por novos PCs na EMEA”, conclui Isabelle Durand. “Adicionalmente, a cautela de quem compra PCs na EMEA irá provavelmente continuar no segundo trimestre de 2016. Os fabricantes de PCs devem reagir rapidamente às diversas tendências, tanto do segmento doméstico como do profissional, assim como às condições altamente mutáveis do mercado. A estrutura do mercado de equipamentos e o comportamento de compra dos utilizadores mudou fundamentalmente a dinâmica do mercado de PCs”. |