Bye bye, Nokia

Na passada terça-feira, um post nos vários facebook da Nokia, incluido o de Portugal, anunciava o inicio do fim para a marca que nos é tão familiar.

O nome Nokia faz parte da história europeia da inovação em electrónica e comunicações. Desde os anos 60 que o nome Nokia se tornou familiar em vários meios profissionais, desde as radio-comunicações marítimas às operadoras de telefones fixos.

Mas foi com o GSM, e já em 1991 com a normalização das regras europeias de telecomunicações digitais, que o nome Nokia se tornou familiar a milhões de consumidores. Foi a chegada do telemóvel tal como o conhecemos hoje, e nenhuma marca na Europa é tão sinónimo de telemóvel como o nome Nokia.

De alguma forma a marca Nokia representa para um europeu o que para um americano significa Motorola, mas com uma diferença: a tecnologia europeia ia à frente da tecnologia norte-americana em telefones móveis.

A decisão da Microsoft de ‘matar’ a marca Nokia de momento exclui as linhas low-end, como os Asha e os dispositivos básicos que usam Symbian, o sistema operativo que qualquer pessoa com mais de 25 anos em qualquer ponto da sua vida terá usado.

Microsoft Lumia é o novo nome pelo qual serão comercializados os terminais da antiga Nokia

A Finlândia está em recessão económica devido à crise da Nokia e os especialistas em macro-economia atribuem um impacto negativo acumulado de 14% do PIB nacional desde 2009, aos problemas do fabricante de telecomunicações.

O governo Finlandês continua a lutar na gestão da crise resultante da redução de postos de trabalho que a Microsoft anunciou ( 11.500 em todo o mundo e 20% da força laboral da empresa na Filândia) , e que os governantes alegam que é uma responsabilidade social inerente a autorização de venda do que constituía o principal activo nacional.

Programas de inserção laboral e estimulo a criação de pequenas empresas estão a ser implementados na Filândia, onde numa população de pouco mais de 5 milhões de cidadãos, o impacto laboral do plano de redução de efectivos é muito grande na sociadade.

De acordo com a Bloomberg, a Microsoft afirma continuar empenhada na sua presença na Finlândia e no desenvolvimento das suas actividades naquele pais escandinavo, membro da UE desde 1995.

A divisão de redes da Nokia (Nokia Network)  continua autónoma e não fez parte do acordo de compra pela Microsoft.