2014-10-08

HARD

A Luz que está a mudar o Mundo

Se algum dia se encontrar o Bosão de Higgs será importante para a humanidade, mas desta vez o prémio Nobel da física foi atribuído a uma descoberta bem mais prática e de impacto tecnológico imediato: o LED de alto rendimento.

A Luz que está a mudar o Mundo

Os Leds, além de extremamente eficientes energeticamente, permitem aplicações anteriormente impossíveis devido ao calor gerado por lâmpadas potentes.

Os LED (light emitting diodes) são diodos P-N que emitem luz, como sabemos. Popularizados na década de 70 como luzes indicadoras nos painéis dos equipamentos, possibilitaram também o telecomando, que mudou a experiência de ver televisão, e tiverem depois uma aplicação nas redes baseadas em fibra, como emissores capazes de fazer o switching da luz ( ligar e desligar milhões de vezes por segundo) a velocidades que permitiram a actual fibra.

Mas foi já em 2005 que a industria da iluminação encontrou uma nova vida para o velho diodo luminescente, a capacidade de o transformar em fonte luminosa de alto rendimento, 10 vezes mais eficiente que o filamento de tungsténio.

Essa descoberta revolucionária deveu-se a um trabalho de gerações de cientistas, e mais tarde ao R&D dos fabricantes europeus de iluminação, mas a Academia Nobel decidiu atribuir o prémio da Física aos cientistas japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura, responsáveis pela descoberta da utilização do nitreto de índio gálio como substância semi-condutora.
Os Led dos anos 70 emitiam radiação infravermelha e vermelha, mais tarde obteve-se o amarelo e um verde claro.
Mas para emitir em branco “ 5.500 kelvin” era necessário o azul, e foi isso que os 3 cientistas conseguiram alcançar.
Esta descoberta, nos meados da década de 90 do século passado, permitiu à industria desenvolver produtos que actualmente podem receber até 1 ampere com uma luz equivalente a uma velha lâmpada de tungsténio de 100w

O que o Led Branco está a fazer pelo nosso mundo

A revolução do Led Branco está apenas no início, mas a capacidade de trabalhar com eficiência de perto de 100% faz que o consumo energético e a tão falada eficiência energética se tornem realidade nas nossas fabricas, escritórios, casas, estufas agrícolas, iluminação pública, audiovisuais, automóveis e o que mais se possa imaginar.
Como quase não dissipam calor, os Leds, além de extremamente eficientes energeticamente, permitem aplicações anteriormente impossíveis devido ao calor gerado por lâmpadas potentes.


O preço e o benefício

Na adopção do Led para iluminação, o factor preço pesa na hora de decidir, porque cada lâmpada é aproximadamente 10x mais cara que o equivalente em tungsténio. Algumas contas simples tem de ser feitas: para uma utilização diária de 8 horas de uma lâmpada convencional de 60w, o custo em Portugal é de aproximadamente 1,50€ por mês na factura da electricidade.

Com o equivalente LED com os mesmos Lúmen ( ± 800 lúmens) num projector que use por exemplo 3x LED de 2w, o custo seria aproximadamente de 0,15€. Por aproximação, e para o preço do Kw/h em Portugal, ela paga-se em menos de um ano, e para esta uma simulação de 8 horas dia, as 20.000 horas de vida útil do LED equivalem a 7 anos, o que é largamente compensador.

Parabéns aos três cientistas japoneses, Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura, mas também ao Júri da Academina Nobel por ter atribuido o Prémio a uma invenção prática que alivia a pressão sobre os recursos energéticos do nosso planeta.

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