2017-10-20
O distribuidor reuniu cerca de 600 pessoas, entre clientes e Parceiros, num encontro de partilha de conhecimentos onde o foco incidiu no progresso da transformação digital
A celebração do 25º aniversário da Tech Data Portugal, que decorreu no dia 12 de outubro no Convento do Beato em Lisboa, colocou fabricantes, clientes e Parceiros a debater a transformação digital, sob um cenário de grande otimismo económico em Portugal. Os oradores, todos eles referências da indústria de IT, realçaram a importância da inovação e da capacidade de adaptação face aos desafios de uma economia digital em constante mudança e extremamente competitiva. Durante as boas-vindas aos participantes, Augusto Soveral, country manager da Tech Data Portugal destacou a altura particularmente especial para a empresa e para o país, que têm tudo para continuar a prosperar. Após agradecer o prémio de Melhor Distribuidor Broadline do ano, atribuído pela CONTEXT, Augusto Soveral falou da transformação digital e dos inúmeros desafios que esta vai gerar, dos vetores e tendências (Cloud, Iot, Analytics, Security etc.) que vão marcar a tecnologia nos próximos anos, da ativação do canal, da importância do RGPD. “O país está a crescer e este é o nosso momento, o momento do IT dar ao país o dinamismo necessário para a tomada das melhores decisões”, concluiu. O impacto e poder transformador da tecnologia, bem como as estratégias que podem ajudar as organizações a sobreviver a esta era cheia de oportunidades e desafios foi o mote para uma conversa moderada por Pedro Oliveira, diretor da Exame Informática e na qual participaram Paula Panarra, general manager da Microsoft Portugal, Sofia Tenreiro, diretora-geral da Cisco Portugal, José Correia, diretor-geral da HP Portugal, Carlos Leite, diretor-geral da Hewlett Packard Enterprise, Miguel Coelho, country sales manager da Lenovo e Tiago Terrível, diretor da Intel Portugal. “A tecnologia tem vindo a mudar de forma drástica mas muito positiva as nossas vidas” , afirmou Sofia Tenreiro da Cisco Portugal, que defende que os modelos de negócio têm de se adaptar à atual realidade e que o objetivo deve passar sempre por tornar cada vez mais rica a experiência do cliente. Falando da importância das infraestruturas, referiu que estas devem conseguir lidar com os desafios das empresas, passando estes pela escalabilidade, complexidade, inteligência e segurança. “Os ataques acontecem sempre, é uma questão de tempo. É, por isso, fundamental estarmos preparados e tomar medidas preventivas”, afirmou a diretora-geral da Cisco, assegurando no entanto que "não há melhor tempo do que este para trabalharmos… as oportunidades são imensas”. José Correia falou do fator inovação (que está na génese da empresa) e que a ideia é trazer o digital para o mundo físico. Abordou a questão da transformação e desmaterialização dos processos, afirmando acreditar que “esta desmaterialização vai ser o potenciador para as organizações poderem evoluir perante o processo de Transformação Digital”. Cloud, inovação, capacidade de adaptação, quantidade exorbitante de dados foram alguns dos tópicos referidos por Carlos Leite, que afirmou que o mundo está a mudar e que o IT está a adaptar-se a esta evolução da economia e do nosso quotidiano. Referiu também a importância de criar soluções que permitam olhar para todos os processos de forma holística, asseverando que "hoje em dia qualquer empresa, independentemente da sua dimensão, que não se transforme digitalmente está condenada” . “Vivemos num mundo onde a mudança é constante”. O “normal” é a mudança e a transformação digital é uma "inevitabilidade”, declarou Tiago Terrível. Fazendo alusão a uma nova revolução que está ainda no começo, falou sobre a “paisagem concorrencial” que está a mudar, a necessidade de reinvenção dos negócios, os novos modelos (de negócios) que estão a surgir e a prosperar e, no seguimento deste contexto, da importância de uma cultura, infraestruturas modernas e pessoas e espaços mais inteligentes. “Há um lado escuro no meio disto tudo… o risco comercial, o impacto social, a regulamentação e controlos… e por isso é necessário um equilíbrio. (…) O que faz com que uma empresa seja líder digital? Pessoas e tecnologia” , concluiu. “Em 2020, cerca de 50% da força de trabalho será constituída por millennials”, e por equipas virtuais, referiu Miguel Coelho, suportado por estudos de mercado. Tal como os restantes oradores, defendeu que a experiência do cliente é o mais importante e que “O futuro é o IT e vamos estar, cada vez mais, rodeados de uma panóplia variada de tecnologia que nos vai proporcionar maior qualidade de vida, mais tempo, conforto e liberdade de movimentos…”. Para Paula Panarra, o futuro é “promissor”, sendo que daqui adiante os negócios vão todos, de alguma forma, ser negócios de tecnologia. Falou sobre os atuais clientes, cada vez mais exigentes e bem informados graças ao poder da informação, sobre os novos modelos de negócio, sobre a questão da segurança, sobre a necessidade da transformação digital vir acompanhada por uma transformação cultural, sobre a inevitável alteração das profissões, sobre qualidade de vida, concluindo que “Estamos num momento de transformação e há que criar as condições certas para que as organizações tirem partido dessa transformação”. |