2025-4-09
A Red Hat organizou esta quarta-feira, em Lisboa, o Red Hat Partner Day onde abordou o novo Programa de Canal e a relação entre a fabricante e o seu ecossistema de Canal
(da esquerda para a direita) Julia Bernal, Country Manager, Edgar Silva, Sales Account Manager, Giampero Cannavo, MED Ecosystem Leader, e Javier García Fiaño, Head of Partner Ecosystem of Spain and Portugal
Com o rio Tejo em plano de destaque, a Red Hat escolheu Lisboa para realizar o seu mais recente encontro de Parceiros de Canal. O Red Hat Partner Day reuniu dezenas de Parceiros da especialista em soluções open-source. Javier García Fiaño, Head of Partner Ecosystem of Spain and Portugal da Red Hat, foi o primeiro a subir ao palco deste Partner Day, um dos “eventos mais importantes do ano para nós; é uma vez de vos agradecer por todo o ano que tivemos em conjunto”. Fiaño explicou que o objetivo do evento é “partilhar as grandes oportunidades de negócio que temos em conjunto para os nossos negócios”. Em 2024 e 2025, a Red Hat vê três oportunidades que permitem acelerar o valor e o crescimento dos clientes: Inteligência Artificial (IA), onde a empresa tem a plataforma que permite aos clientes desenvolver e treinar os modelos de IA; virtualização; e passar dos casos de uso para a estratégia. No entanto, “há um quarto elemento”: os Parceiros. “Nos últimos anos, temos aberto a formação a todo o nosso portfólio”, explica, acrescentando que em 2025 foi lançado o Partner Engagement Experience, ou PEX, que é um Programa de Parceiros unificado, com incentivos melhorados e ferramentas atualizadas. A Red Hat simplificou a experiência digital com apenas uma plataforma – com um acesso unificado para Parceiros – onde o Canal pode ver toda a informação da Parceria entre a empresa e a Red Hat. O evento contou, também, com uma mesa-redonda onde Julia Bernal, Country Manager de Portugal e Espanha da Red Hat, referiu que as empresas têm de inovar mais depressa, fazer mais com menos e lidar com os diferentes tipos de regulamentação que impactam as decisões da empresa. “Quando analisamos como os clientes evoluem, a maioria das empresas têm uma infraestrutura híbrida, com mais de duas clouds privadas e duas cloud públicas”, diz Julia Bernal, explicando que esta estratégia “traz mais escalabilidade, mas também mais complexidade”. Edgar Ivo, Sales Account Manager da Red Hat, que também participou na primeira mesa-redonda, partilhou que há três grandes áreas onde a automação “tem sido o driver dos projetos: o primeiro é o aumento da produtividade, porque os clientes têm de fazer mais e melhor; depois, o compliance e a segurança para proteger a empresa, seja de ataques ou de multas; por fim, a complexidade das clouds híbridas e de como posso implementar as várias tecnologias sem ser especialista em todas elas”. Giampero Cannavo, MED Ecosystem Leader da Red Hat, na mesma mesa-redonda, referiu que o Programa de Parceiros foi lançado no último ano e o objetivo é “construir, conectar e canalizar” a Red Hat com o ecossistema de Canal. Para além da conexão, diz, é preciso uma interconexão entre o ecossistema e a Red Hat “para trazer para o mercado a inovação e a co-criação entre os Parceiros e a própria empresa”. Myriam Fentanes, Principal Product Manager da Red Hat, também marcou presença no Partner Day em Lisboa e abordou a “oportunidade da IA”. Fentanes começou por dizer que os gastos com IA generativa deverá crescer aproximadamente 60% nos próximos cinco anos. “Vemos a maior parte das oportunidades à volta de inteligência artificial na IA generativa”, explica Myriam Fentanes. Os modelos abertos são o alvo de muitas das organizações e a tendência não está a abrandar. Os modelos de IA open-source são cada vez mais adotados pelas organizações, estando a ‘apanhar’ os modelos proprietários. No entanto, 30% dos projetos de IA generativa vão ser abandonados após a prova de conceito terminar. Um dos desafios é a segurança da infraestrutura. “As organizações precisam de modelos alinhados com os seus dados privados”, explica, relembrando que os LLM são “treinados com grandes quantidades de dados públicos, não dados empresariais privados”. Assim, é preciso alinhar o modelo com os dados das organizações e os casos de uso. Uma das metodologias da Red Hat, apontada por Myriam Fentanes, é o InstructLab que reduz a complexidade de modelos personalizados com dados empresariais privados a uma fração do custo. Sérgio Seabra, Senior Solutions Architect da Red Hat, abordou a virtualização e o caminho para uma infraestrutura mais ágil e escalável. “Há uma grande mudança no mercado de virtualização”, afirma Sérgio Seabra. Com as empresas a precisar de preservar os seus workloads de máquinas virtuais à medida que se preparam para o futuro. “A Red Hat não é nova no mundo da virtualização”, relembra Sérgio Seabra, acrescentando que a Red Hat OpenShift Virtualization é uma opção alternativa para a virtualização moderna. “É uma plataforma unificada, com uma gestão consistente”, explica. O OpenShift Virtualization permite planear e executar a jornada acelerada ao mover para máquinas virtuais Linux e Windows com riscos reduzidos. Ao mesmo tempo, é uma arquitetura única para todos os workloads, permitindo reduzir os custos ao adotar apenas um modelo de plataforma para desenvolvimento e operações. Por sua vez, Pablo Ráez Rosal, Cloud Business Developement Manager Spain and Portugal da Red Hat, defende que a automação é um imperativo estratégico; permite acelerar a adoção de IA, melhora a postura de risco, reduz os custos operacional, diminui a complexidade e, por fim, gere as diferenças de competências que existem nas organizações. |