Rui Damião em 2024-12-10
A Motorola regressou ao mercado português com ambição renovada, apresentando uma estratégia focada na inovação e uma equipa dedicada no país. Ao IT Channel, o General Manager para a EMEA da marca afirma que é fácil para os Parceiros Lenovo trabalhar os produtos Motorola
A marca de smartphones Motorola, que pertence à Lenovo, voltou a apostar no mercado português. Num evento com jornalistas esta terça-feira (10 de dezembro), onde o IT Channel esteve presente, a Motorola apresentou os seus pilares estratégicos para apostar em Portugal. Fabio Capocchi, EMEA General Manager da Motorola, afirmou que a marca de smartphones voltou “forte” a Portugal, com três grandes focos: inovar o propósito e melhorar a experiência do consumidor; posicionar a marca como sendo de lifestyle; e, por fim, construir um ecossistema coeso. O objetivo da Motorola, a nível mundial, é, em três anos, duplicar as receitas. “A Motorola é a marca de maior crescimento neste momento”, explica Capocchi, partilhando que no segundo trimestre do ano fiscal 2024/2025, as receitas cresceram 43% em comparação com o mesmo período do último ano fiscal. Na região da EMEA, a Motorola conseguiu atingir o seu melhor trimestre em termos de receita de sempre. A estratégia da Motorola, segundo Fabio Capocchi, passa por cinco pilares, seja em produtos topo de gama ou de entrada de gama: desenho de produto; experiências através de inovações de software e hardware; Parcerias com as “melhores empresas do mercado”; diferenciar a marca; e, por último, soluções inovadoras com um “portfólio convincente”. Para as empresas, a Motorola quer ser “o Parceiro de confiança para as organizações, independentemente da sua dimensão”. Andrea Monleón, General Manager para a Iberia da Motorola, afirmou que “Portugal é um país estratégico para a Motorola e será importante para o crescimento na EMEA”. Monleón revelou que os clientes “perguntavam quando é que a Motorola iria estar presente no país, mas só o queríamos fazer quando tivéssemos uma equipa dedicada em Portugal”, o que acontece agora com três pessoas dedicadas à marca em Portugal. Alexandre Caldeira, EMEA Product Operations Director da Motorola, mostrou a linha de produtos que a Motorola traz para Portugal: a linha Razr, de smartphones dobráveis; a linha Edge, de topo de gama; a linha Moto G; e os acessórios, como earbuds. Em termos de Inteligência Artificial (IA), Alexandre Caldeira explica que “qualquer solução de IA tem de entender o que está a acontecer no contexto, saber o que o utilizador quer, quando quer, ser colaborativa e estar presente ao redor do smartphone. O smartphone vai estar no centro desta experiência; é isso que trazemos para a Motorola”. O Moto AI é a resposta da empresa de smartphones para ir de encontro a esta visão. Aposta no mercado B2BEm declarações ao IT Channel no final do evento, Fabio Capocchi explicou que “o bom de fazer parte desta família Lenovo é que podemos alavancar o conhecimento que existe em termos de segurança e que foi criada na plataforma ThinkShield”. Isto significa, diz, que “temos uma linha completa de produtos que foi pensada para as empresas. Há dois anos lançámos o ThinkPhone – que agora renovámos com o ThinkPhone 25 – que é o melhor de dois mundos: a marca Think da Lenovo, pensada para empresas, e a conetividade de Motorola”.
Para as organizações, Fabio Capocchi defende que o principal ativo da Motorola são “os produtos de confiança, mas com uma abordagem da Lenovo. Isso significa que temos um acesso facilitado ao utilizador final que a Lenovo já trabalha, e para o qual transmite qualidade e confiança. Agora trazemos um smartphone para dar uma solução completa, tanto da perspetiva de hardware como de software”. A Motorola esteve os últimos três anos “a aperfeiçoar as soluções de software” para fornecer, por exemplo, substituição do equipamento no dia seguinte. Ao mesmo tempo, sendo “um player global”, a empresa de smartphones pode fornecer soluções e serviços em vários países ou regiões à mesma organização. Em termos de oferta, o EMEA General Manager da Motorola afirma que a Motorola tem portfólio para todos os tamanhos de empresas – desde as micro às grandes –, incluindo os serviços que fazem sentido para cada uma destas organizações e adequada às suas especificidades. Facilidade para o CanalPara os Parceiros de Canal, Capocchi explica que uma das vantagens é que um Parceiro Lenovo pode trabalhar os produtos da Motorola. “O que é muito importante é que quando [um Parceiro] está a trabalhar num orçamento, a maneira como comunicam com a Lenovo e com a Motorola é a mesma”, afirma. Neste sentido, os Parceiros que queiram colocar numa oferta, por exemplo, um computador Lenovo e um smartphone Motorola, “não utilizam dois sistemas diferentes. Têm uma oferta de 360º e o Programa de rebate está completamente integrado. Os Parceiros podem operar entre a Lenovo e a Motorola harmoniosamente. Da sua perspetiva, não há diferença”. |