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Como ser-se bem-sucedido abraçando a transformação digital e como desafiar-se? Foi esta a questão que a Oracle colocou no Open Day 2014, que decorreu ontem, dia 4, no Centro de Congressos de Lisboa. Andrew Sutherland, VP Business Development da Oracle, defendeu que as empresas devem criar valor através do Big Data e do Mobile e que qualquer plataforma digital tem que ser pensada de forma estratégica e global, não através da resolução de problemas de forma fragmentada, “ponto por ponto”. Para potenciar as rupturas digitais que fazem avançar qualquer negócio e, em última instância, o mundo, referiu que é importante estes conseguirem integrar numa só plataforma Mobile, Big Data, Cloud e IoT – algo em que, sublinhou, a Oracle tem estado a trabalhar. “O maior erro é não fazer nada, não avançar com a estratégia digital. E o nosso dever é dar-vos ferramentas”, disse perante uma sala cheia e atenta. “Hoje em dia acrescentamos valor pela nossa mente, mas necessitamos de mais ferramentas para construir novas plataformas”.
Negócios relacionais
Para reflectir sobre a disrupção digital importa não olhar apenas para o presente ou futuro, mas também para o passado. “Os padrões vêm de trás”, referiu João Santos, senior manager da Accenture Digital, invocando o Ford T, o primeiro carro produzido industrialmente e em massa no século XIX. Numa intervenção intitulada “To disrupt or to be disrupted”, convidou a audiência a reflectir sobre a forma como a tecnologia nos pode servir melhor e, por essa via, ser verdadeiramente transformadora. “Estamos perante um novo paradigma, no qual as pessoas estão no centro das atenções. A disrupção está em melhorar a sua experiência e é fundamental para fazer a diferença no mercado”. Negócios mais relacionais que transacionais, centrados numa ligação emocional com o cliente, e na sua experiência, são a chave do sucesso. “A tecnologia executa, mas o que faz realmente a diferença é a visão, a forma disruptiva de pensar”.
Big Data, o motor da transformação digital
Isolada, a tecnologia de pouco ou nada vale. “A disrupção não acontece quando as tecnologias são inventadas, acontece quando as pessoas as adoptam”, referiu Luís Campos, Oracle Big Data Solutions Lead para a EMEA. Sobre a importância da análise de dados e da experiência do cliente foi claro – a personalização é determinante e não há melhor forma de alcançá-la sem ser pela via do digital. Dizendo que a banca é o sector que mais está a investir em Big Data, a nível mundial, destacou que retirar valor dos dados é importante e que para tal acontecer de forma eficaz importa simplificar o acesso a estes, invocando o Big Data Discovery da Oracle, lançado no OpenWorld deste ano, em São Francisco.
Oracle aposta em datacenters na Europa
A oferta da Oracle esteve como não podia deixar de ser em destaque, com Sutherland a anunciar a construção de datacenters na Europa com oferta de armazenamento na cloud. Esta distingue-se, segundo o gestor, por permitir ao cliente alugar a cloud da Oracle ou construir a sua própria cloud, “com a mesma tecnologia”, salientou, e com “facilidade de movimentação” dos dados.
Vânia Penedo |
