2016-10-13
A transformação digital protagonizou a edição deste ano do Mobile Edge e demonstrou como os dispositivos móveis, as aplicações e os dados estão a transformar o modo como as empresas se relacionam com os clientes e se mantêm competitivas
Kevin Benedict, analista sénior para a transformação digital e mobilidade empresarial da Cognizant
A 3ª edição do Mobile Edge, organizada pela Fundação Portuguesa das Comunicações (FPC) e pela Carbon, centro de competências da BOLD International, juntou no dia 12 de outubro alguns dos principais decisores com o objetivo de refletir sobre a transformação digital e o mobile. Este dia centrou-se na necessidade das empresas entenderem os novos comportamentos dos consumidores, que passam cada vez mais tempo nos smartphones. Kevin Benedict, analista sénior para a transformação digital e mobilidade empresarial da Cognizant, inaugurou o evento, e deixou uma visão micro da transformação digital. O analista, presente no Mobile Edge desde a sua primeira edição, em 2014, realçou que “os dados são o negócio” e que permitem “elevar o seu valor”. Percorreu, ainda, as tecnologias que têm estado a marcar toda a transformação: desde a adoção do computador e da Internet, no século passado, à prevalência dos dispositivos móveis e das suas aplicações, à própria Internet of Things (IoT), à robótica e à inteligência artificial. Benedict frisou que os decisores só têm 40 meses para começar a implementar a transformação digital e investir em novas tecnologias – este é o tempo de que as empresas necessitam até começarem a tornar-se competitivas. As cinco tecnologias que mais impacto terão no negócio nos próximos 40 meses, segundo os decisores, será o Big Data e analytics, cibersegurança, tecnologias mobile, cloud e social media. Carlos Oliveira, product manager do Skyscanner, acrescentou que “as empresas têm de compreender a forma como as pessoas interagem com os seus produtos/serviços”. Em particular, nos dias de hoje em que os consumidores passam grande parte do seu tempo no telemóvel, duas vezes mais do que no computador, e que se registam 500 biliões de “micro-momentos” mobile por dia. Neste contexto, Tony Markovski, responsável global pela transformação digital e mobile da Mirum Agency, falou da necessidade das marcas irem ao encontro destes “micro-momentos” e criarem aplicações móveis que sejam intuitivas, simples e funcionais, isto é, que não tenham demasiadas interfaces e que satisfaçam a necessidade do utilizador em apenas 1 minuto. |