2019-10-18
Decorreu esta quinta-feira a 22.ª edição do IDC Directions. O evento focou-se na segunda onda transformação digital que irá evoluir para além das capacidades tecnológicas para transformar completamente a forma como trabalhamos e vivemos
O IDC Directions 2019 voltou a reunir no Estoril representantes da indústria de IT e do setor empresarial, naquele que é o maior evento dedicado à transformação digital em Portugal. Com mais de 1.500 participantes, esta edição marca mais um ano de crescimento da conferência – de tal modo que Gabriel Coimbra, Group Vice President & Country Manager da IDC, anunciou que esta será a última que tomará lugar no Centro de Congressos do Estoril, devido às limitações de espaço que já se fazem sentir. Sob o mote “Scaling a Technology Revolution”, a edição deste ano do IDC Directions focou-se nas tendências e nos desafios da segunda onda da transformação digital, na qual as tecnologias testadas e implementadas de forma isolada, são agora implementadas à escala de todo o negócio como parte intrínseca do seu foco estratégico, mudando fundamentalmente a forma como trabalhamos e vivemos. “Estamos a meio da maior disrupção das nossas vidas e este vai ser um tempo muito difícil”, refere Serge Findling, Vice President of Research, Digital Transformation da IDC. “A missão das empresas vai ser usar as tecnologias certas para obter insights, empatisar com os clientes e envolver os colaboradores numa escala alargada”. Findling divide esta transformação em quatro frentes. O primeiro aspeto é a cultura empresarial. Enquanto antes falávamos maioritariamente em liderança digital, o objetivo agora passará a ser criar uma cultura altamente integrada, caracterizadas pela colaboração, flexibilidade, e comunicação bidirecional. O segundo é a experiência do cliente, cujo foco deixará de ser a experiência omnicanal para se focar na relação com o cliente, cada vez mais exigente e bem informado. E criar uma experiência de confiança e empatia, totalmente personalizada, em grande escala, só será possível com as ferramentas tecnológicas adequadas. Isto vai assentar, naturalmente, no terceiro ponto: inteligência. Em larga escala, a gestão dos dados e analítica têm de estar no foco da estratégia e estrutura da organização, integrada em todas as áreas de negócio, ao mesmo tempo que as decisões sobre os mesmos são feitas localmente, com o contexto adequado. O futuro do trabalho é, naturalmente, um tema fulcral quando falamos de digitalização. Segundo Findling, a principal preocupação não será encontrar e reter talento, mas sim mudar completamente a forma como trabalhamos, agilizando e flexibilizando os processos de negócio para dar resposta às rápidas transformações tecnológicas e económicas que nos esperam ao longo da próxima década. “O resultado é que as empresas se vão reinventar a si próprias e moldar as indústrias em que estão inseridas”, conclui Findling.
O IT Channel é media partner do IDC Directions 2019. Leia a reportagem completa na edição de novembro |