2016-11-17
A transformação digital veio para ficar e o Canal terá de estar à altura de dar resposta às novas exigências e desafios do negócio. Esta foi a mensagens deixada aos Parceiros no Fujitsu Forum 2016, que decorreu em Munique, na Alemanha
Duncan Tait, SCEO, SEVP and Head of Americas and EMEIA da Fujitsu
O Fujitsu Forum 2016 colocou em cima da mesa a nova realidade empresarial, que é marcada por diversas tecnologias e aporta novos modelos de negócio que as empresas terão de abraçar para serem bem-sucedidas nesta nova era digital. Este novo mundo digital está alocado a várias áreas onde a Fujitsu atua neste momento, tal como mostrou Tatsuya Tanaka, presidente da Fujitsu, ao enumerar os setores onde a empresa nipónica está a investir com a sua tecnologia e know-how, setores esses tão distintos como o desporto, transportes, serviços e banca. Para a Fujitsu, as empresas devem entender que, em primeiro lugar, a transformação digital não é uma questão tecnológica mas sim de negócio, que traz consigo a necessidade de as empresas mudarem o seu funcionamento e de se reiventarem: a IoT, a inteligência artificial (AI- Artificial Intelligence) e até mesmo o analytics são apenas o reflexo da inovação das empresas. Segundo Duncan Tait, SCEO, SEVP and head of americas and EMEIA da Fujitsu, as empresas estão a viver a “Golden Age” da inovação. Mas, para realmente conseguirem reinventar-se e abrir as portas à transformação digital, é fundamental que trabalhem em equipa, algo a que se refere como “Co-Creation”. Atualmente com mais de três mil projetos a serem realizados em Co-Creation, a Fujitsu deu ênfase à importância do trabalho em equipa das empresas com parceiros. O Fujitsu Forum colocou em destaque também a importância da segurança das empresas que estarão particularmente vulneráveis durante o seu processo de transformação digital e, nesse sentido, anunciou o seu novo negócio de cibersegurança na EMEIA, que integra ferramentas de analytics e de AI e com o qual a Fujitsu visa proteger os bens dos clientes e suportar a continuidade do negócio através da monitorização contínua do sistema para fortalecer a resiliência contra qualquer tipo de ataque ou ameaça online. Desafios para o Canal Com as empresas a enfrentarem profundas alterações na forma como operam e nos seus próprios modelos de negócio, o Canal também terá desafios pela frente que se prendem, principalmente, com falta de talentos, com o facto de os orçamentos de IT se encontrarem cada vez mais sob pressão e com a maior dificuldade em angariar novos clientes. Embora a transformação digital seja já uma realidade, 88% dos Parceiros de Canal ainda se encontram, eles próprios, em processo de transformação, segundo dados da Canalys. Numa mesa redonda dedicada ao Canal, moderada por Veerle Limbos, head of Global Channel Business Alignment, Global Product Business Acceleration and Coordination EMEIA da Fujitsu, e onde estiveram presentes Dave Hazard, head of Sales Operations and Channel EMEIA da Fujitsu, e Mike Trevor, Global Business Development director da Cutter, Parceiro do fabricante, concluiu-se que para que o Canal consiga fazer face aos desafios que encontra, e que continuará a encontrar no futuro, é fundamental educar os Parceiros sobre as soluções que estes vão vender e oferecer-lhes todas as ferramentas e recursos que lhes permitam ser bem-sucedidos. “Os Parceiros de Canal têm de se responsabilizar pelo seu negócio e dar aos clientes aquilo que eles procuram”, referiu Mike Trevor, Global Business Development Director da Cutter. Muitas empresas terão dificuldades em acompanhar a transformação digital e, nesse sentido, o papel dos Parceiros será mais importante do que nunca, pois, segundo as previsões da Canalys, no futuro haverá uma falta de talentos ainda maior nas empresas e caberá ao Canal conseguir colmatar essas falhas. |