“Forte rede de Parceiros” em Portugal é alavanca para reforço do negócio da Cegid

O Cegid Unlimited reuniu esta terça-feira clientes e Parceiros para uma manhã de partilha sobre os resultados da empresa no último ano e visões que moldam o futuro, com especial incidência no ecossistema português.

Num pequeno-almoço com jornalistas, e com a Estufa Fria em Lisboa como pano de fundo, Santiago Solanas, CEO da Cegid Ibéria, América Latina e África, apresentou os mais recentes dados da empresa especialista em soluções de gestão com base na cloud e direcionadas para setores como o financeiro, recursos humanos, contabilístico e retalhista.

“Temos o propósito de ser uma organização que ajuda a sociedade a adotar a tecnologia de forma útil”, começou por contextualizar Santiago Solanas.

Com um compromisso forte e um mindset assente em entregar soluções de forma ética aos clientes, a Cegid reportou um volume de negócios de 791 milhões de euros, com um crescimento de 16% nas receitas gerais e foco central em soluções cloud, um negócio que se apresenta estável e escalável.

“Temos a preocupação de implementar modelos de negócio que são modernos. 70% da nossa faturação é já feita com sistemas cloud porque sentimos que temos uma responsabilidade de fazer chegar as novas tecnologias aos clientes”, acrescentou Santiago Solanas.

Em 2022, ano marcado pela aquisição do Grupo Primavera por parte da Cegid, a aposta na cloud continuou a ser uma realidade, com um crescimento a dois dígitos, um foco crescente nos Parceiros e mais quatro aquisições: Gestiona3w, Informatica3, Firmamed e Seinfo.

Já este ano, os números continuam a refletir uma aposta constante nas soluções cloud, com um crescimento, até ao momento, de 30% só nesta área e mais três aquisições até ao final de 2023 – onde se incluem aquisições realizadas em Espanha.

Em 2024 a Cegid pretende manter a sua essência, com aquisições, crescimento a dois dígitos e uma unificação da empresa, como é o caso do Programa de Parceiros.

Ampliar e fomentar colaboração entre Parceiros

Com mais de 500 Parceiros e mais de 1.500 profissionais certificados em Portugal, o ecossistema de Parceiros português é fundamental para a Cegid. O objetivo, refere Santiago Solanas, passa por reforçar a relação e ampliar este ecossistema, para que possam usufruir de todas as soluções presentes no portfólio da Cegid. “Em Portugal temos uma rede forte de Parceiros”, sublinhou o CEO da Cegid Ibéria, América Latina e África, que demonstra a ambição de expandir este ecossistema. 

A organização pretende capacitar igualmente este ecossistema, com formações e certificações e, sobretudo, fomentar a colaboração entre Parceiros, principalmente na região Ibéria, onde existe já a replicação de boas experiências. 

O contributo da inteligência artificial generativa para o negócio

Apesar de ser uma tecnologia muito recente, Santiago Solanas considera que a inteligência artificial (IA) pode ser aplicada num círculo virtuoso de forma que seja útil para os clientes. “É um mundo de oportunidades”, considerou o CEO da Cegid Ibéria, América Latina e África, apesar de ser necessário formar os empresários para esta nova realidade e compreender que nem todas as indústrias poderão tirar os mesmos partidos desta nova tecnologia.

“Já estamos a trabalhar com a IA generativa e a perceber como é que nos pode ajudar a melhorar a experiência dos clientes e o nosso produto”, explicou, destacando a rapidez e a maior capacidade como fatores positivos desta nova tecnologia. Para o futuro esta será uma grande aposta, sobretudo ao nível dos serviços e produtos a oferecer aos clientes.

Panorama empresarial português

Ainda que o país esteja mais atrasado relativamente à média europeia no que diz respeito à aplicação de tecnologia no sistema empresarial, Portugal é visto como uma oportunidade para a Cegid, com perspetivas do reforço do seu papel e posição já nos próximos anos.

“A minha experiência com Portugal é que sempre foi um país bastante avançado em tecnologia, contrariamente aquilo que as pessoas pensam”, frisou Santiago Solanas, que deixa largos elogios aos “excelentes recursos” e à inovação portuguesa. Com uma maior consciência tecnológica por parte das empresas portuguesas, a digitalização das mesmas, considera, depende também da ajuda do Governo e de fundos europeus.