Digital Enterprise Show - O balanço

Ao contrário de muitos eventos na Europa e no Estados Unidos, o DES não se propôs a ser um evento puro de IT, mas sim um evento sobre os desafios da gestão e da liderança em múltiplas áreas num mundo em crescente digitalização.

De acordo com a organização, o DES foi visitado por 18.000 pessoas provenientes de 40 países que assistiram a um total de 450 speakers em 172 conferências e mesas redondas (no mínimo existiam sempre 6 salas a trabalhar em simultâneo), sendo que 18% dos participantes foram CEOs e 8% CIOs, o que para um evento que fala sobre IT revela a preocupação dos líderes empresariais com a transformação digital.

Para uma primeira edição, e do ponto de vista tanto dos conteúdos como da exposição, a organização está de parabéns. O modelo do evento é uma aposta ganha.
Tem, porém, muita margem para melhorar, sobretudo em 2 áreas:

Visitação - O número de profissionais que visitaram o DES foi nesta primeira edição  muito dinamizada pelos conferencistas do Fujitsu World Fórum, o que fez do dia deste evento um dia muito mais concorrido que os restantes, e o único momento onde os corredores da exposição estiveram verdadeiramente cheios.

Europa - O segundo ponto a melhorar para as próximas edições é dar sentido ao “mote” do evento: Driving Europe’s Business Digital Transformation. Na verdade, e apesar de toda a comunicação estar em língua inglesa, a generalidade dos palestrantes e a quase totalidade dos conferencistas eram de nacionalidade espanhola, razão por que a língua das palestras, que originalmente deveria ter sido o inglês, foi na maioria dos casos o castelhano.

Nada disso retirou o interesse aos conteúdos, mas faltou cumprir em parte a proposta do DES ser um evento de âmbito europeu, um evento  que marque a agenda internacional de Madrid ao mesmo nível que o Mobile World Congress marca a agenda de Barcelona, ou que o Web Summit irá marcar a agenda de Lisboa.

Para 2017, o evento tem agenda de 23 a 25 de maio e contará com a Suécia como país convidado.