2022-11-09
Isabel Reis, General Manager Dell Technologies Portugal, apresentou as conclusões de um estudo realizado para a EMEA sobre o lugar das pessoas no processo de transformação digital numa empresa. Marc O'Regan, CTO da Dell Technologies EMEA foi responsável pelo keynote “Helping you innovate your breakthrough”
O Dell Technologies Forum voltou a juntar esta terça-feira, no Centro de Congressos do Estoril, centenas de pessoas para um dia de conversas sobre inovação, implementação de estratégias e tecnologias que vão ao encontro das novas formas de trabalho. A abertura do dia esteve a cargo de Isabel Reis, General Manager Dell Technologies Portugal, que começou por destacar a importância dos Parceiros e do regresso à presença física do evento, que decorreu de forma digital nos últimos dois anos. Para Gabriel Coimbra, vice presidente e Country Manager da IDC Portugal, a pandemia veio provar que o IT é fundamental nas organizações. “Nós na IDC acreditamos que entrámos num novo paradigma”, sublinhou, recordando que o “IT é crítico para as organizações”. As pessoas no centro da transformação digitalDe acordo com um estudo realizado pela Dell Technologies para a EMEA – Europa, Médio Oriente e África - sobre o papel da tecnologia na capacidade de inovação das organizações, tendo em conta as pessoas no processo de transformação digital, que está já a acontecer. “A diferença na inovação está no centro das pessoas”, começou por afirmar Isabel Reis, que apresentou de seguida várias conclusões sobre o estudo, nomeadamente a falta de inovação nas empresas: 60% dos inquiridos entendem que as culturas organizacionais restringem a capacidade criativa dos colaboradores. Por outro lado, 52% dos inquiridos sentem que podem ficar para trás por não terem a tecnologia de trabalho suficiente que os faça mudar para um modelo de trabalho hiper distribuído. Outro dos aspetos destacados como uma prioridade na agenda das empresas e organizações prende-se com o aumento exponencial do negócio de ciberataques, responsáveis muitas vezes pela criação de danos no negócio e na própria imagem da companhia alvo. De acordo com dados da IDC, dois terços das organizações não tem ainda um modelo de trabalho futuro, o que coloca dúvidas sobre qual o modelo correto. “Hoje não se trata de mudar tudo para a cloud, trata-se de gerir os sistemas de workload e se calhar ter uma Cloud Híbrida”, defendeu a General Manager da Dell Technologies. O estudo em causa definiu três pilares fundamentais para as empresas criarem um ambiente orientado às pessoas: a conetividade, a produtividade e a empatia. Neste âmbito, e face ao posicionamento do trabalho híbrido nos dias hoje, Isabel Reis acredita que é “preciso que a tecnologia suporte mais ainda estes novos modelos de trabalho”. Entre os inquiridos, só 37% considera que tem um trabalho mentalmente estimulante. Para Isabel, “só é possível fazer retenção de talento se criarmos uma experiência de utilizador que faça criar um sentido de propósito e um sentido de pertença dessas pessoas à companhia onde trabalham”, sendo a tecnologia “fundamental na criação dessa experiência” e na mudança de paradigma. A primeira parte do evento ficou igualmente marcada pelo keynote de Marc O'Regan, CTO da Dell Technologies EMEA. Com o mote “Helping you innovate your breakthrough”, o CTO da Dell Technologies para a EMEA trouxe alguns insights sobre como é que a Dell está a ajudar os clientes a inovar, quer para os desafios do presente, quer para os desafios que se avizinham. Para Marc, a AI & Analytics, o edge computing e a segurança serão as áreas chave identificadas como oportunidades de inovação para a Dell Technologies nos próximos cinco anos. Pessoas, um fator diferenciadorDos três pilares fundamentais, o terceiro – a empatia – é aquele que a General Manager da Dell Technologies destaca como o mais importante para alcançar uma cultura organizacional orientada às pessoas. 83% das pessoas inquiridas considera que os líderes ignoram os seus pontos de vista quando são diferentes daqueles assumidos pela gestão. Esta questão, defendeu Isabel Reis, é uma ignição que leva o colaborador a afastar-se da empresa e a própria organização a encontrar entraves à retenção de talento. O papel da segurança na transformação digitalRui Ferreira, Head of TECH IT Timwe, Tiago Soares, Diretor de Technology and Security da Brisa e Frederico Barros Lopes, Diretor de IT e Inovação das Águas de Portugal juntaram-se a Isabel Reis e Gabriel Coimbra para um painel sobre cibersegurança e de que forma é que a transformação digital pode ocorrer nas organizações sem perder de vista a segurança e a criação de confiança no seu ecossistema de Fornecedores, Parceiros e Clientes. Numa altura em que o número de ataques está a aumentar, as empresas estão a começar a preparar-se para esta ameaça real. “Sem um governance que governe, é impossível perceber como é que vamos ser atacados. A tecnologia ajuda muito, mas as pessoas são o centro”, defendeu Rui Ferreira, que admite: “o bom senso não se ensina”. “O ataque às pessoas é o ponto mais fácil de entrada, mas nós não descuramos a tecnologia”, acrescentou Tiago Soares, que acredita que “a tecnologia é o mais fácil de proteger”. Algumas empresas estão já a investir em formação e mais investimento na área de segurança até porque para Frederico Barros Lopes, “não há transição digital se não for feita de forma segura”. Na sua intervenção, a General Manager da Dell Technologies recordou que “não há empresas invioláveis” e que, por isso, as empresas devem preparar-se para “a eventualidade de um ataque”, nomeadamente com ferramentas de software – que registem comportamentos menos habituais – e a melhor tecnologia, algo que está já a acontecer na Dell Technologies. |