2022-9-26
Miguel Caldas, Senior Cloud Solution Architect da Microsoft e Vasco Sousa, Channel Account Manager da Arcserve, debateram o tema no painel "Cibersegurança no novo paradigma"
A cibersegurança esteve em cima da mesa no primeiro painel de debate “Cibersegurança no novo paradigma” na Expo TI Databox, que decorreu no passado dia 23 de setembro, no Centro de Congressos do Estoril. Numa altura em que os ciberataques começaram a ser mais recorrentes nas empresas portuguesas, Miguel Caldas, Senior Cloud Solution Architect da Microsoft, defendeu que as empresas “não estão preparadas, começam a estar” depois de terem sido obrigadas a realizar uma transição na forma de trabalhar num curto espaço de tempo devido à pandemia da COVID-19. Apesar de considerar que as empresas estavam já “conscientes” de que podiam ser alvo de um ataque, as “organizações têm obrigação de minimizar os riscos” e fazer os investimentos necessários neste campo. Para Vasco Sousa, Channel Account Manager da Arcserve, o ransomware as-a-service veio “democratizar” o ecossistema: tanto as empresas que faturam pouco como as que faturam milhões estão atualmente na mira dos cibercriminosos. “O ransomware veio mudar a atitude das empresas que dizem 'eu não tenho nada que valha lá fora' ”, alertou Miguel Caldas. Porquê? As empresas cuja lista de clientes possa ter sido roubada, começaram a preocupar-se não necessariamente com o facto de terem sido exfiltrados, mas sim com o facto de os mesmos estarem disponíveis para a concorrência. O investimento em cibersegurançaDe acordo com números da IDC, os gastos com a segurança na Europa vão subir 10,8%, atingindo os 47 mil milhões de dólares. Em 2026 é esperado que alcance os 66 mil milhões de dólares. Os gestores começam agora a perceber que “é uma questão de tempo até ser atacado”. Vasco Sousa acredita que o primeiro passo é necessário fazer um investimento preventivo, isto é, prevenir e trabalhar para evitar o ataque, como as auditorias de segurança regulares e formação de colaboradores. “O facto de o crescimento ser só 10% - e eu acho que é relativamente curto - não significa que as organizações não estejam, de facto, a investir mais recursos, mais tempo interno e a fazer as coisas de outra maneira”, afirmou Miguel Caldas. Características dos Parceiros na área da segurançaO Channel Account Manager da Arcserve defendeu que, para as empresas, na área da cibersegurança, “começa tudo por formação, por terem pessoal especializado para isso”. Ainda que uma organização possa ter colaboradores especializados nesta área, o apoio em fabricantes que tenham proximidade com o assunto e com Parceiros pode ser uma mais-valia. Contratar colaboradores especializados na área da cibersegurança é um desafio que, segundo Miguel Caldas, custa “rios de dinheiro”, numa altura em que são precisas “dez vezes mais pessoas em segurança”. Apesar do desafio, sobretudo das dificuldades em encontrar 'talento' que ajude as empresas a lidar com esta nova realidade, os oradores destacaram o papel igualmente importante das organizações na hora de consciencializarem a sociedade civil para que cumpra também a sua parte.
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