CES 2016: Lenovo vê oportunidade de crescimento no mercado dos PCs

Os dados e as previsões das vendas de PCs não são em nada sintomáticas da situação atualmente vivida pela Lenovo nesta área. Segundo revelou o CEO da empresa, Yang Yuanqing, no CES, o fabricante está a alavancar a sua consolidação na indústria pelo facto de alguns players estarem a abandoná-la. “Ficámos com a sua quota de mercado”.

O responsável disse mesmo que os PCs são um “indústria muito atrativa” e que vê um ciclo de renovação dos equipamentos no horizonte, por muitos terem mais de cinco anos.

A Intel já havia indicado, em novembro do ano passado, que existem mais de mil milhões de PCs com mais de três anos e que metade destes tinham entre quatro a cinco anos.

Yang apontou ainda que esta é uma indústria “com mais de 300 milhões de unidades vendidas por ano” e que vale em torno de 200 mil milhões de dólares. O objetivo da Lenovo é ter um market share de 30 por cento em PCs.

Para tal, pretende impulsionar este ciclo de substituição com o desenvolvimento de PCs mais produtivos e com o suporte direto da Cloud, para que cada equipamento se adapte melhor ao seu utilizador. “Temos que trabalhar com a Microsoft no Office 365 e podemos fazê-lo com a Salesforce em CRM. Este tipo de Clouds têm que estar conectadas aos dispositivos e esta será a estratégia da Lenovo: cada dispositivo estará ligado a uma determinada Cloud, indepentemente de ser um PC, um tablet ou um smartphone", indicou.

Motorola, enquanto marca, deixará de existir

No CES, o fabricante revelou ainda que o nome Motorola será progressivamente eliminado. É o início do fim da Motorola enquanto marca, adquirida pela Lenovo à Google em 2014. A linha “Moto” e o logotipo com o “M” permanecerão, no entanto, numa gama de smartphones premium a serem lançados, segmento onde o fabricante não se tem concentrado tanto. As linhas de smartphones low cost de entrada de gama terão a designação Vibe.

A Motorola continuará, porém, a ser uma divisão dentro da Lenovo.