2017-10-10

VENUE

Canalys Channels Forum 2017

Canalys: Ambiente de grande otimismo no maior evento de Canal da Europa

Os Parceiros de Canal da Europa estão a crescer mais de 7% em 2017 e os distribuidores 4%, avançou Steve Brazier, presidente da Canalys e an trião do maior evento do Canal de IT na EMEA, o Canalys Channels Forum, que decorreu em Veneza

Canalys: Ambiente de grande otimismo no maior evento de Canal da Europa

Steve Brazier, Presidente e CEO da Canalys

A 10ª edição do Canalys Channels Forum celebrou-se dias 4 e 5 de Outubro em Veneza, Itália, com a participação de 1.000 parceiros europeus e os principais vendors do mercado. Durante dois dias, marcas como a HP, HPE, Dell EMC, Lenovo e Schneider Electric, entre outras, explicaram a sua estratégia e antevisão para os próximos anos, na voz dos seus principais lideres.

O evento iniciou-se com o keynote do CEO e analista da Canalys, Steve Brazier, que avançou que o atual trimestre será o melhor em termos de crescimento dos últimos 10 anos, prevendo que o crescimento do Canal esteja assegurado para os próximos três, a um ritmo não inferior a 5% ao ano. O hardware não está morto Outras previsões da Canalys para os próximos dois anos incluem o dado de que o hardware, incluindo o PC, continuará a ser 50% da receita do Canal em 2020 verificando-se um aumento de preços, com o hardware a voltar a dar margem em muito segmentos. Ciclicamente alguns segmentos do hardware serão “comoditizados” para logo renascerem depois de reinventados - O PC estava morto para o Canal e o armazenamento brilhava ainda há pouco tempo, mas agora é o armazenamento que está "comoditizado" e o PC que volta a brilhar.

"Não há nenhuma evidência que nos diga que o hardware no seu todo vá deixar de ser o principal motor do Canal nos anos vindouros”, disse. Steve Brazier deixou ainda uma previsão onde arrisca a sua reputação como analista: a Microsoft abandonará o Surface em 2019, por razões de margem, mas também por razões de relações com os seus OEM face ao emergir do OS da Google. Sobre a cloud, avança que vai estar cada vez mais dependente da distribuição “two-tier”, ou da colaboração entre vendors, distribuidores e Parceiros em pelo menos metade dos negócios realizados pelos providers gigantes. 

 

Quatro dos maiores parceiros europeus concordam num ponto central: escutar onde o cliente quer estar, não onde a indústria que devem estar

 

Crescimento por mercados Verticais

Os verticais identificados como os de maior crescimento são:

  • Retalho – Analítica, digital signage, omnichannel, stock rotativo.
  • Indústria – IoT, robótica, analítica do Supply Chain; Educação – Segurança, smart buildings e bem-estar.
  • Saúde – Medicina à distância, Imagiologia com inteligência artifical, prevenção da infeção hospitalar.
  • Transportes – Veículos autónomos, controlo de acesso, manutenção preventiva baseada em analítica, gestão de frotas.
  • Agricultura – Controlo de pragas, irrigação inteligente, hidropónica computorizada, vigilância por drones.
  • Finança – Análise da compliance, deteção de fraude, balcões virtuais.
  • Governos – Smart cities, saúde pública, gestão de resíduos, conetividade.

 

Crescimento por tecnologias

O Edge Computing é tido já como o maior drive de crescimento nos próximos anos por parte dos analistas da Canalys. O on-premises está de volta, e são as novas tecnologias da cloud privada e híbrida que permitem este desenvolvimento. Segurança – Nos próximos anos as tecnologias de segurança continuarão a crescer acima da média do mercado, puxadas pelos exemplos de avultados prejuízos operacionais e de capital, consequência de falhas de grande dimensão que vão sendo conhecidas.

Os grandes gigantes da Cloud continuarão a crescer, e com eles os serviços que os Parceiros disponibilizam. Porém, o crescimento do investimento dos grandes players continuam a ser maior que o crescimento das suas vendas, o que poderá desacelerar a prazo a própria cloud, assim como as crescentes questões de compliance, onde ganha território o edge.

A chamada de atenção final aos Parceiros de Canal acaba por ser surpreendente, com o presidente da Canalys a afirmar que, para muitos Parceiros, a forma tradicional de conduzir o negócio e servir o cliente continua a ser a forma mais lucrativa de atuar, e que os Parceiros devem ser cautelosos sobre propostas disjuntivas dos fabricantes, propostas essas que já provaram no passado não serem por vezes favoráveis, nem ao Canal nem ao cliente. “Escutem o vosso cliente, ele que decida onde quer estar. Não deem tanta importância aos vendors e ao analistas sobre onde o vosso cliente deveria estar”.

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