2018-3-21

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Arrow ECS debate âmbito tecnológico do Regulamento Geral de Proteção de Dados

Num evento dirigido a clientes finais, que teve lugar ontem, dia 20 de março, em Lisboa, onde também marcaram presença alguns Parceiros de Canal, o distribuidor abordou o enquadramento legal do RGPD e, sobretudo, como pode a tecnologia ser um aliado do seu cumprimento

Arrow ECS debate âmbito tecnológico do Regulamento Geral de Proteção de Dados

Daniel Reis, sócio da PLMJ TMT

Os mais recentes estudos realizados no mercado português indicam que a esmagadora maioria das empresas não estão preparadas, ou a preparar-se, para as alterações trazidas pelo novo Regulamento Geral de Proteção de Dados, de cumprimento obrigatório a partir de 25 de maio.

A pouco mais de dois meses do seu cumprimento obrigatório, a Arrow ECS organizou um evento dedicado à temática, que contou com a presença do advogado Daniel Reis, sócio da PLMJ TMT, e de quatro fornecedores de soluções da área da segurança que integram o porftólio do distribuidor de valor acrescentado: Fortinet, Symantec, F5 e Splunk. “Durante o último ano temos vindo a tentar sensibilizar as organizações para este tema. Os estudos indicam que apenas cerca de 2,5% das empresas, em Portugal, estão preparadas para a nova diretiva”, justificou Sónia Casaca, business unit manager na Arrow Security.

A pouco mais de 60 dias do cumprimento obrigatório, o que falta fazer? Do ponto de vista legal, Daniel Reis sublinhou que importa “ter uma abordagem holística e começar por fazer um levantamento da realidade na organização”, bem como uma “gap analysis”.

O advogado da PLMJ TMT aconselhou as empresas a tomar imediatamente três ações: identificar o sistema de compliance que pretendem; fazer um inventário de todos os tratamentos de dados, obrigação explícita do artigo 30; e identificar todos os documentos, onde se incluem, por exemplo, contratos com fornecedores, que expõem os dados pessoais para fora da organização; e rever toda a documentação à luz do RGPD.

A forma correta de endereçar o RGPD nesta fase, acrescentou, passa por “dar importância ao tema e lançar um conjunto de medidas”.

Muitas destas medidas são tecnológicas, apesar de o novo regulamento não o ser. João Abreu, Fortinet systems engineer, chamou a atenção para isso mesmo, dizendo que a tecnologia “está implícita” no RGPD e que um cumprimento bem-sucedido está na procura de um equilíbrio entre os direitos pessoais e a sua utilização por parte das organizações, sublinhando a importância de “fechar a janela de oportunidade para as violações de segurança” e de realizar uma análise constante do risco.

Ivan García, da F5, insistiu que “todas as organizações têm de focar-se na segurança”, dado que o RGPD não deixa margem para outra opção. Entre os vários pontos-chave, destacou a importância de as organizações estarem dotadas de ferramentas que lhes permitam notificar convenientemente as autoridades e o regulador em caso de violação de segurança, obrigatoriedade do Regulamento que, se não for bem executada, pode aportar multas avultadas. O territory manager insistiu ainda que o RGPD pode ser uma vantagem competitiva e um enabler de boas práticas, mensagem reforçada por Ramses Gallego, Symantec strategist & evangelist, que disse que “a confiança é o core dos negócios” e que tem de ser conquistada. O RGPD vem recentrar este aspeto na estratégia das organizações, num mundo onde “pessoas e dados são o ativo mais valioso das empresas”, referiu.

Giovanni Morreale, EMEA technical distribution manager da Splunk, endereçou o papel da analítica na deteção, prevenção e investigação de violações de dados nos prazos contemplados o novo Regulamento.

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