Rita Lourenço, Key Account Manager, Schneider Electric em 2019-11-26
O crescimento contínuo da Internet das Coisas (IoT), o volume crescente de tráfego digital e a adoção cada vez maior de aplicações baseadas na cloud são as principais tendências tecnológicas que estão a alterar o cenário dos data centers
Rita Lourenço, Key Account Manager, Schneider Electric
O crescimento contínuo da Internet das Coisas (IoT), o volume crescente de tráfego digital e a adoção cada vez maior de aplicações baseadas na cloud são as principais tendências tecnológicas que estão a alterar o cenário dos data centers. Os data centers na cloud de dimensões grandes ou extra-grandes acolhem agora muitas das aplicações essenciais para os negócios das empresas, que antes se alojavam nos data centers dedicados das organizações. Nem todas as aplicações foram transferidas para a cloud, no entanto, e as razões são várias – incluindo normas reguladoras, a cultura da empresa e latência, por exemplo. Como resultado, deparamo- -nos agora com um ambiente híbrido, que consiste numa combinação de três tipos de data centers: centralizados, na cloud; de dimensão média ou grande; e localizados, de pequenas dimensões e instalados nas próprias empresas. O que antes era um data center de 1MW localizado numa filial de uma organização, pode agora ser apenas um par de racks de equipamento IT que executam as aplicações cruciais e/ou providenciam conectividade de rede à cloud. Neste ambiente híbrido interconectado, alteram-se muitas das noções que até agora tínhamos como certas. As ferramentas e métricas que utilizamos hoje em dia não contemplam a dependência em múltiplos data centers, pelo que é necessário que sejam atualizadas nesse sentido. Por outro lado, e porque vivemos num mundo com uma mentalidade “sempre conectada, sempre disponível”, a tolerância para com falhas é cada vez menor – precisamos de pensar em formas mais holísticas de trazer resiliência aos data centers, e isso consegue-se com a adoção de novas métricas. Até agora, as falhas nos data centers mediam-se em termos de desempenho dos equipamentos de IT; agora, as falhas têm mais em conta o quanto é afetada a experiência dos seus utilizadores e quantos são afetados. A verdade é que o modelo de utilidade está a mudar radicalmente e já não pensamos apenas nos data centers centralizados, mas também, e cada vez mais, nos que se localizam no edge. O facto de serem de menor dimensão não significa que percam importância, antes pelo contrário; o seu equipamento torna- se mais crucial porque eles providenciam conectividade à cloud, essencial num ambiente em que mais e mais aplicações são nela alojadas. Por esta razão, precisaremos também de repensar o design deste tipo de data centers, que atualmente ainda possui muitas falhas – o que, em consequência, significa um maior tempo de inatividade e perda de dinheiro. É necessário fazer investimentos e as melhorias devem focar-se essencialmente em quatro pontos: segurança física; práticas de operação e monitorização, no local; redundância de energia e na refrigeração; e ainda a conectividade dupla à rede. Em resumo, com o ambiente híbrido que se vive atualmente no setor dos data centers, é urgente a adoção de uma nova estratégia de negócio. A abordagem deve ser holística e ter em conta o número de pessoas e as funções de negócio de cada data center para que, dessa forma, se possa perceber quais as áreas mais críticas que necessitam de investimento imediato. Os micro data centers pré-fabricados são uma forma simples de garantir um ambiente seguro e de alta disponibilidade, devendo adotar-se neles boas práticas como UPS redundantes, uma rack segura e organizada, gestão apropriada da cablagem e do fluxo de ar, monitorização remota e conectividade dupla à rede, de forma a garantir a disponibilidade total dos data centers, altamente crucial para as operações das empresas e a garantia de um futuro de sucesso.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e Schneider Electric |