A IDC apresentou o estudo “Cloud Computing: Como criar valor para o seu negócio?”, realizado em Outubro e Novembro junto de 358 empresas nacionais, que procurou identificar a maturidade das organizações nacionais na adopção de serviços de cloud computing, as perspectivas de evolução nos próximos anos, assim como identificar os passos necessários para que as organizações portuguesas possam criar valor neste novo paradigma tecnológico.
O estudo concluiu que a esmagadora maioria das organizações nacionais iniciaram ou já concluíram processos de transformação do negócio. As condições económicas adversas no território nacional, as alterações regulamentares e a alteração das necessidades dos clientes são as principais motivações para a adoção de processos de transformação do negócio das organizações nacionais.
O estudo evidencia a existência de duas fases na adopção dos serviços de cloud computing no território nacional: as organizações que iniciaram o caminho de consolidação há cerca cinco anos estão já perto da maturidade dos serviços de cloud computing, começando a obter ganhos significativos no negócio. As organizações que iniciaram este caminho há um ou dois anos, por sua vez, estão ainda nas fases iniciais deste modelo.
Um terço das organizações nacionais já implementaram serviços de Software-as-a-Service (SaaS), mas apenas 12% utilizam serviços de Platform-as-a-Service (PaaS). Menos de 33% já utilizam serviços de Infrastructure-as-a-Service (IaaS).
Os serviços mais utilizados
Apesar da generalidade das aplicações ainda serem implementadas com recurso aos modelos tradicionais de computação e de ainda ser reduzida a utilização dos serviços de cloud pública, os dados recolhidos permitiram constatar que serviços como as comunicações unificadas (14% das organizações), o e-mail (12%), aplicações de colaboração (11%), CRM (8%), gestão/criação de websites (8%) e desenvolvimento e teste de aplicações (7%) são os serviços de cloud pública com maior utilização nas organizações nacionais.
Contudo a adopção dos serviços de cloud pública vai generalizar-se no interior das organizações nacionais nos próximos dois anos, alargando-se o número de serviços utilizados. Soluções como correio electrónico (35%), produtividade pessoal (26%), colaboração (24%), comunicações unificadas (19%), gestão/criação de websites (17%), desenvolvimento e teste de aplicações (15%), CRM (12%), contact center (11%), disaster recovery (10%), gestão de equipamentos móveis (10%) e capacidade de processamento e armazenamento (10%) serão aquelas que mais relevância irão ganhar nos próximos dois anos em Portugal.
Interesse pela utilização de serviços privados
O estudo verificou também que, principalmente nas grandes organizações, há uma grande dinâmica no desenvolvimento de infra-estruturas privadas de cloud computing e interesse pela utilização de serviços privados de Cloud Computing em Hosting. Mais concretamente, em 2020 estas duas categorias serão responsáveis por 32% de todo o orçamento de TI das médias e grandes organizações portuguesas, quando em 2013 representavam menos de 15%. |