2018-1-31

CLOUD

69% das empresas veem a segurança como responsabilidade dos fornecedores cloud

Segundo um estudo publicado pela Veritas, a maioria das empresas considera prioritário trabalhar na cloud – e mais de dois terços das mesmas considera a proteção de dados e privacidade como responsabilidade exclusiva dos fornecedores de serviços cloud

69% das empresas veem a segurança como responsabilidade dos fornecedores cloud

A Cesce Si divulgou os resultados de um inquérito mundial que abrangeu treze países, publicados pela sua parceira de negócios, Veritas Technologies, líder em gestão de dados multi-cloud, cujas conclusões indicam que a mentalidade da maior parte das empresas em todo o Mundo (56%) considera prioritário trabalhar na cloud quando se trata de implementar novas aplicações e gerir cargas de trabalho.

Apenas 1% das empresas indicou que não irá adotar os serviços na cloud durante os próximos dois anos. Contudo, o estudo revela que existem equívocos relativamente à responsabilidade pela gestão dos dados, em que 69% das organizações acreditam, erradamente, que a proteção dos dados, a privacidade dos dados e a conformidade com as normas são da responsabilidade do fornecedor de serviços de cloud.

O estudo The Truth in Cloud, encomendado pela Veritas e orientado por Vanson Bourne, incidiu sobre 1200 empresas globais, e os decisores de IT revelaram que os clientes estão a adotar o multi-cloud como componente essencial nas suas estratégias de negócio. No inquérito, os clientes indicaram estar a utilizar uma variedade de fornecedores de serviços na cloud, incluindo clouds públicas e clouds privadas alojadas.

Relativamente a Infrastructure as a Service (IaaS), especificamente, mais de dois terços (67%) das organizações indicaram estar a utilizar, ou tencionar utilizar, dois ou mais fornecedores de serviços na cloud. 42% indicaram estar a utilizar, ou tencionar utilizar, três ou mais fornecedores de serviços na cloud, com os objetivos em comum de aumentar a resiliência e a segurança dos dados, bem como reduzir o dispêndio de capital (Capex) e as despesas operacionais (Opex).

Relativamente à adoção dos serviços na cloud, o estudo explora três áreas de enfoque: equívocos relativamente à gestão de dados na cloud pública, aumento da adoção do multi-cloud e tendências futuras.

 

Equívocos relativamente à gestão de dados na cloud pública

Embora as organizações estejam a adotar um método multi-cloud, o estudo mostra que, quando se trata de cloud públicas, especificamente, existem equívocos sobre qual das partes é a responsável final pela gestão dos dados: o cliente ou o fornecedor de serviços na cloud.

As principais conclusões incluem:

  • Mais de oito em cada dez (83%) das empresas que utilizam ou tencionam utilizar IaaS pensam que o seu fornecedor de serviços de cloud trata de proteger os seus dados na cloud.
  • Mais de dois terços (69%) dos inquiridos pensam que podem delegar aos fornecedores de serviços de cloud toda a responsabilidade pela proteção dos dados, pela privacidade dos dados e pela conformidade com as normas.
  • Mais de metade (54%) das empresas pensa que é da responsabilidade do fornecedor de serviços de cloud a transferência em segurança dos dados entre o local e a cloud.
  • Mais de metade (51%) pensa que é da responsabilidade do fornecedor de serviços de cloud fazer o backup das cargas de trabalho na cloud.
  • Mais de uma em cada duas (55%) das empresas pensa, também, que o tempo de operacionalidade das aplicações é da responsabilidade do fornecedor de serviços de cloud.

 

“Não obstante os clientes pensarem que os fornecedores de serviços de cloud têm a responsabilidade pela gestão dos dados, os contratos dos fornecedores de serviços de cloud, normalmente, delegam a responsabilidade pela gestão dos dados aos clientes. O nosso estudo veio confirmar a nossa suposição de que a principal responsabilidade pela gestão dos dados cabe ao cliente”, disse Mike Palmer, vice-presidente executivo e CPO da Veritas. “A Veritas apoia plenamente um método multi-cloud e tem parcerias com muitos fornecedores de serviços de cloud para ajudar os clientes a gerir e a extrair o máximo de valor das suas aplicações e dados”.

 

Adoção do multi-cloud em ascensão

O estudo Truth in Cloud mostra, também, que as empresas em média, estão a utilizar, ou tencionam utilizar, múltiplas plataformas na cloud, desde clouds públicas a clouds privadas alojadas. Contudo, muitas organizações continuam a enfrentar desafios para chegarem à cloud, quer se trate de uma cloud pública ou de uma cloud privada alojada. As barreiras mais comuns são:

  • Complexidade na migração para a cloud (37%).
  • Limitações tecnológicas (36%).
  • Falta de conhecimentos dentro da empresa (38%).
  • Falta de uma estratégia clara (32%).
  • Silos de dados (27%).

Atualmente, 75% das organizações trabalha com um fornecedor de serviços na cloud pública IaaS e, surpreendentemente, 16% dos inquiridos referiram estar a utilizar, ou tencionam utilizar, cinco ou mais fornecedores de serviços de cloud. Os inquiridos referiram que a privacidade dos dados, a segurança e a conformidade com as normas, o desempenho das cargas de trabalho e o tempo de operacionalidade são os principais fatores de decisão na escolha do fornecedor de serviços.

 

Tendências futuras

Segundo o estudo, os gastos dos departamentos de tecnologias de informação com as tecnologias de cloud, incluindo com fornecedores de serviços de cloud pública, deverão subir de 12% em 2017 para 18%, dentro dos próximos dois anos. É provável que a tendência seja para continuar a aumentar, uma vez que mais de metade (58%) das empresas que, atualmente, utilizam um fornecedor de serviços na cloud indicaram que tencionam expandir o seu portefólio para múltiplas plataformas na cloud.

“Dado que cada vez mais empresas adotam uma mentalidade de considerar a cloud prioritária, a necessidade de navegar no complexo mundo multi-cloud, é premente. Tal como em ambientes locais, ao migrarem para a cloud, os clientes devem considerar todos os aspetos da gestão de dados, desde a proteção de dados, a conformidade com as normas e a portabilidade da carga de trabalho, à continuidade do negócio e otimização do armazenamento” acrescentou Palmer.

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