Maria Beatriz Fernandes em 2023-6-26

CHANNEL ON

“Nós, MSP, cada vez temos um papel mais importante na tradução de linguagens entre a tecnologia e a gestão”

Sob o mote “IT Financial Management: do ROI à gestão financeira dinâmica dos sistemas de cloud”, Ricardo Sousa, Head of Technology da CPCecho, subiu a palco do Channel Meetings para falar da relação do FinOps com o ROI, e da necessidade de um entendimento mútuo entre o lado tecnológico e a gestão de uma organização

“Nós, MSP, cada vez temos um papel mais importante na tradução de linguagens entre a tecnologia e a gestão”

Ricardo Sousa, Head of Technology da CPCecho

A terminar a programação da manhã do Channel Meetings, Ricardo Sousa, Head of Technology da CPCecho, discursou sobre “IT Financial Management: do ROI à gestão financeira dinâmica dos sistemas de cloud” e começou por dizer que, “normalmente, quem investe não está muito à procura de reduzir custos; o foco é o proveito”. Contudo, o investidor português tem “uma mentalidade de querer bife do lombo e pagar ossos”, pelo que a discussão resulta sempre num grande foco nos custos totais de uma determinada implementação. 

 

Segundo o responsável da CPCecho, “numa situação de investimento existem prós e contras, mas é frequente os contras serem facilmente manipuláveis e variáveis”, e, muitas vezes, “estamos a falar de FinOps com quem nem sabe qual é o ROI esperado. Por isso, são operações que hoje existem muito ligadas às private e public clouds. Foi um movimento que veio para controlar um custo, quando devia ser uma prática para aumentar proveitos. Aí estamos a mexer num impacto no ROI de 1% a 5%”.

Assim, na perspetiva do investidor, “a redução de custos feita numa public cloud foi completamente irrelevante porque não acelerou o ROI e não transformou o investimento”. Assim, quando hoje se fala em FinOps, não se deve pensar “estritamente uma estratégia financeira de redução de custos, mas uma estratégia de transformação”, uma vez que é de esperar que o investidor saiba que para transformar, há custos associados. Por outro lado, as métricas utilizadas em FinOps são “muito complexas. Tipicamente, o mundo financeiro nem as consegue entender”. Ricardo Sousa ressalva, ainda, que todos estes aspetos estão muito dependentes da maturidade da organização em causa.

Porque a maior parte das vezes os clientes não entendem essa linguagem – uma vez que FinOps é juntar o lado financeiro, engenharia, unidades de negócio e de tecnologia, para chegar a um determinado fim (um determinado retorno de investimento ou a sua aceleração), as linhas de comunicação deverão ser distintas. “Quando alguém investe e há o retorno de investimento esperado, é importantíssimo que essas métricas passem para o resto da organização”. Da mesma forma, os desafios também têm de ser “comunicados de diferente formas entre departamentos”.

É, assim, “essencial garantir uma linguagem compreendida por todos e haver uma avaliação recorrente”. De acordo com Ricardo Sousa, o que tem sido feito “é apostar numa componente muito forte de educação. Educar – e esse é um papel que os MSP e Integradores têm cada vez mais – para pôr as áreas da tecnologia a saber falar com as áreas de gestão. Nós, MSP, cada vez temos um papel mais importante na tradução de linguagens e podemos ser um motor muito forte para a melhoria nas comunicações”, reflete o Head of Technology da CPCecho.

Ricardo Sousa conclui: “quanto mais know-how passo aos meus clientes, maior retorno como MSP eu vou ter no mercado. É importante para todos ajudarmos a transformar os nossos clientes”. 

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