Diana Ribeiro Santos em 2021-4-08

A FUNDO

Especial

Workplace híbrido e edge

O trabalho híbrido é hoje uma grande tendência. Alcatel-Lucent Enterprise by Trustvision, Avaya, Bitdefender, Cisco by Comstor, Dell Technologies, HP, Magnelusa, Microsoft, VMware, Watchguard e Xerox mostram a sua visão e perspetiva sobre a realidade atual no mercado de workplace e o impacto da pandemia

Workplace híbrido e edge

A pandemia provocada pela COVID-19 impactou todos os aspetos da vida profissional, alterando permanentemente a forma como se vê o trabalho e o espaço de trabalho.

A expressão workplace solutions ganhou no último ano uma inesperada relevância, fruto também do contexto pandémico atual. Assim sendo, é fundamental olhar agora para o futuro e perceber como serão as formas de organização do trabalho no mundo pós-pandémico e como é que a tecnologia pode ser um enabler dessas soluções. O futuro do trabalho, para muitos setores da atividade, será seguramente híbrido.

 

 


“As empresas começaram a pensar em como iam dar resposta a esta nova realidade e com isto surgiu a procura por soluções que dessem resposta a fatores como a produtividade, a mobilidade e a segurança”.

- Rodolfo Estrompa, Strategic Partner Business Manager da VMware


 

A adoção de soluções

2020 foi um ano atípico para o mercado de workplace solutions. Apesar de se prever um crescimento do mercado no início do ano, ninguém previa uma pandemia com as dimensões que teve e, consequentemente, com a adoção do número de soluções por parte das organizações portuguesas durante o ano.

“2020 foi um ano que obrigou as empresas, nomeadamente na área de IT, a olhar para o modo de trabalhar, de estar e de se organizar. Por um lado, os nossos próprios desafios internos, como responder com a rapidez que os clientes e Parceiros necessitavam, e, por outro, reescrever tudo aquilo que já conhecíamos e que é uns dos desafios atuais. Estamos no meio de uma revolução digital. Avançámos num ano aquilo que iríamos avançar só em muitos anos em termos daquilo que é a consciência das empresas”, afirma Sandra Andrade, Marketing & Communication Manager da Xerox, que acrescenta que “a tecnologia continua no centro da forma como trabalhamos”, uma vez que “as soluções que permitam um trabalho colaborativo e o modelo de trabalho híbrido é o que os próprios colaboradores irão impulsionar aos próprios líderes daqui para a frente”.

Segundo Rodolfo Estrompa, Strategic Partner Business Manager da VMware, “do ponto de vista de resposta à pandemia, durante o primeiro trimestre e meio de 2020, observámos, de uma forma geral, uma transição do posto de trabalho para remoto baseado em tecnologia que, na nossa opinião, não ofereceu a melhor resposta. Com o instalar da pandemia, as empresas começaram a pensar de forma mais estruturada e planeada em como iam dar resposta a esta nova realidade e com isto surgiu a procura por soluções que dessem resposta a fatores como a produtividade, a mobilidade e a segurança”.

 


“98% dos líderes portugueses continuam a apontar o investimento tecnológico e a transformação do posto de trabalho como uma prioridade”.

- Paula Fernandes, Modern Work & Security BG Lead da Microsoft 


 

Para Ricardo Lopes, Portugal Enterprise & MidMarket Territory da HP, a pandemia reforçou dois papéis na tecnologia: “a primeira é que o papel do CIO nunca foi tão relevante como nos últimos meses e, por outro lado, o papel dos nossos Parceiros, que tiveram de manter as empresas e ajudar os clientes a seguir o seu próprio rumo” e refere ainda que, “em março de 2020, existiu uma grande preocupação por parte dos responsáveis de tecnologia da informação em manter a operação, a produtividade e, ao mesmo tempo, enviar os colaboradores para as suas casas. Com isto, acabou por se assistir a uma forte procura por equipamentos portáteis naquele momento, e o mercado, de uma forma geral, não foi capaz de absorver essa procura”.

Paula Fernandes, Modern Work & Security BG Lead da Microsoft, revela que “assistimos a um avanço tecnológico que só seria expectável num período de dois anos. Houve este primeiro impulso da resposta de capacitação de pessoas para poderem ter ferramentas modernas de trabalho. Naturalmente que isso teve impacto também na utilização massiva das nossas ferramentas de produtividade. 98% dos líderes portugueses continuam a apontar o investimento tecnológico e a transformação do posto de trabalho como uma prioridade”. Paula Fernandes acredita que nesta primeira fase de resposta houve uma aceleração na aquisição de hardware e utilização de ferramentas de produtividade, mas, “ainda assim, existem algumas lacunas como é o caso da cibersegurança.

“Surgiu a necessidade do próprio mercado e dos clientes pensarem em como é que os colaboradores iriam trabalhar a partir de casa, de como iriam interagir e que ferramentas iriam utilizar para os proteger, uma vez que a informação saía do controlo das organizações, porque uma boa parte dos funcionários agregava informação em discos externos, OneDrive e Dropbox. Este é um processo gradual, mas houve a necessidade de levarmos todo o perímetro da organização para casa de cada um dos colaboradores, existindo assim uma preocupação cada vez maior com a segurança”, menciona Paulo Silva, Business Development Manager da Bitdefender.

 


“Ao longo do tempo houve a necessidade por parte dos colaboradores de terem outras ferramentas com outra qualidade e segurança, garantido a produtividade no seu local de trabalho”.

- Nuno Figueiredo, Gestor de Produto da Magnelusa 


 

Pedro Teixeira, Technical Account Manager da Comstor, em representação da Cisco, diz que este foi um ano diferente, mas positivo pois “conseguimos perceber a utilidade de um conjunto de plataformas que sempre tentámos incutir junto dos nossos clientes e Parceiros e que hoje são vistas como ferramentas essenciais à produtividade e ao ambiente de trabalho híbrido. Percebemos que a produtividade não foi um tema que veio trazer nenhum tipo de dificuldade às organizações, mas sim um conjunto de desafios que são sobretudo desafios tecnológicos” e defende que “o escritório será com certeza um local não tanto para o trabalho diário, mas sobretudo para o trabalho interativo e para aquela necessidade evidente em que temos de estar na presença uns dos outros”.

“Numa primeira fase, as empresas tentaram, com soluções já existentes, criar condições para os seus colaboradores trabalharem em ambiente remoto, mas, ao longo do tempo, houve a necessidade por parte dos colaboradores de terem outras ferramentas com outra qualidade e segurança, garantido a produtividade no seu local de trabalho”, explica Nuno Figueiredo, Gestor de Produto da Magnelusa.

 


“Trabalhar a partir de casa não é só ter um telemóvel e um PC com uma câmara; é preciso dispor de ferramentas profissionais integradas de colaboração que integrem várias valências numa só aplicação".

- Hugo Gomes, Sales Manager da Avaya


 

Soluções de mobilidade e do novo workplace

A pandemia alterou a adoção, por parte das empresas, de soluções de mobilidade e do novo workplace.

Para Cláudia Fernandes, Product and Marketing Manager de Client Solutions da Dell Technologies, a mobilidade não se resume apenas ao hardware e defende que, “cada vez mais, as organizações olham para o posto de trabalho no seu todo, ou seja, com as soluções completas que vão melhorar o dia-a-dia, quer do gestor de IT, quer do próprio utilizador. A mobilidade não se trata de um portátil, mas sim de colocar os colaboradores, as ferramentas e as soluções de gestão em mobilidade”.

O Sales Manager da Avaya, Hugo Gomes, afirma que “trabalhar a partir de casa não é só ter um telemóvel e um PC com uma câmara; é preciso dispor de ferramentas profissionais integradas de colaboração que integrem várias valências numa só aplicação” e que “esta mudança é fundamental para criar um ecossistema de experiência do utilizador, colaborador e cliente cada vez mais enriquecedora. É fundamental encontrar ferramentas que simplifiquem os processos e a forma como os utilizadores utilizam a tecnologia”.

“O local de trabalho como o conhecíamos vai deixar de existir porque vamos ter muito mais mobilidade, vamos puder fazer visitas virtuais a clientes e Parceiros, o que também irá trazer novos desafios no que diz respeito a ligações seguras e acessos fidedignos”, explica Bruno Soares, Branding & Business Developer da Trustvision em representação da Alcatel- -Lucent Enterprise, e acrescenta que “com o aparecimento da pandemia assistimos a dois cenários muito curiosos: por um lado, haviam empresas que já estavam de alguma forma preparadas para este tipo de cenário de teletrabalho e já teriam algumas das ferramentas em prática – foi apenas dotar os utilizadores e afinar algumas especificações – e assistimos ainda a um outro cenário em que tivemos efetivamente Parceiros a levar os desktops para casa e a tentar estabelecer ligações seguras quando elas não existiam”.

Rodolfo Estrompa, Strategic Partner Business Manager da VMware, diz que vamos assistir a uma evolução daquilo que é o posto de trabalho, apesar de “nem todos os colaboradores dentro de uma organização estarem no mesmo patamar de maturidade, o que faz com que a forma como vão consumir as aplicações seja distinta e o facto de não estarmos próximos fisicamente cria uma dificuldade acrescida”. “O papel dos Parceiros aqui é fundamental e não estamos à espera de que as organizações consigam fazer este trabalho de forma autónoma. Existe aqui uma oportunidade de serviços enorme para os Parceiros”, defende ainda.

 


“Há cada vez mais uma consciencialização, por parte das empresas, da necessidade de proteger corretamente os dispositivos, sabendo que eles podem estar em qualquer local”.

- António Correia, Area Sales Manager da Watchguard     


 

A questão da cibersegurança

A rápida adoção de soluções de workplace pode levantar problemas de cibersegurança. O shadow IT e a utilização privada dos dispositivos vieram colocar desafios únicos de cibersegurança, mas é preciso perceber se as organizações nacionais têm o que é considerado o mínimo em termos de cibersegurança e ao mesmo tempo, quais é que são os grandes desafios que as empresas enfrentam.

Para António Correia, Area Sales Manager da WatchGuard, “há cada vez mais uma consciencialização, por parte das empresas, da necessidade de proteger corretamente os dispositivos, sabendo que eles podem estar em qualquer local”.

Ricardo Lopes (HP) defende que é necessário apostar na resiliência do próprio hardware. “As próprias pessoas em casa estão mais suscetíveis de cometer erros. Dados dos últimos 12 meses revelam que 91% dos CIO reportaram riscos de segurança e que 45% não estão de facto totalmente preparados para este desafio”.

A Microsoft apresenta uma visão Zero Trust no que diz respeito à segurança. Todas as soluções são, incluindo as de workplace, pensadas com base nesta premissa. Paula Fernandes reforça a necessidade da cibersegurança estar no topo da prioridade das empresas e afirma que não nos podemos esquecer da questão da privacidade e da conformidade de dados.

Por outro lado, Pedro Teixeira (Comstor) aborda a necessidade da simplificação dos processos de segurança, uma vez que “os utilizadores deixaram de ter o tal perímetro e proteção e daquele núcleo de funcionamento no qual podiam recorrer a um colega do IT”.

“O ransomware é um dos temas que preocupa mais os responsáveis das organizações pois não existe nenhuma solução no mercado que seja 100% segura”, garante Paulo Silva da Bitdefender. “Uma vez que objetos, como telemóveis, são muitas vezes utilizados para interagir com ferramentas colaborativas disponibilizadas pelas empresas, há cada vez uma maior preocupação com a consciencialização dos utilizadores”.

 


“O ransomware é um dos temas que preocupa mais os responsáveis das organizações pois não existe nenhuma solução no mercado que seja 100% segura”.     

- Paulo Silva, Business Development Manager da Bitdefender


 

O regresso ao escritório

Os colaboradores vão começar a voltar gradualmente para os escritórios, ainda que de forma condicionada. Assim sendo, existem desafios que as empresas vão encontrar no regresso ao espaço de trabalho físico tradicional.

Na perspetiva de Bruno Soares (Trustvision), os locais de trabalho terão que ser adaptados, uma vez que parte dos colaboradores “só vão à empresa para reunir com clientes, ter reuniões com as equipas para fazer a gestão de projetos e, depois, regressam a casa para fazer o seu trabalho dito normal. Apesar disso, para o colaborador trabalhar a partir de casa, terá que ter sempre acessos seguros, ambientes e ferramentas adequadas e comunicações unificadas. É fundamental que o funcionário que está em casa tenho acesso exatamente às mesmas ferramentas – obviamente melhoradas, porque a nossa ligação de casa não deixou de ser a ligação de casa”.

“A transformação do posto de trabalho é o real desafio. É necessário readaptar as pessoas a estas novas formas de trabalhar e readaptar com a tecnologia certa para acompanhar este estilo de vida e apostar em equipamentos mais leves, quer seja com acessórios mais ou menos ergonómicos ou mais ou menos adaptáveis. É fundamental olhar para cada colaborador de forma individual. Esta experiência do utilizador e estes desafios são efetivamente algo que vai estar presente neste regresso ao escritório”, esclarece Cláudia Fernandes da Dell Technologies.

Ricardo Lopes (HP) acredita que o escritório vai passar a ser um espaço mais de colaboração e apresenta alguns dados: 75% dos colaboradores afirmam ter aumentado a sua produtividade a trabalhar desde casa, 53% desejam movimentar-se num modelo híbrido e 85% dos millennials querem definitivamente trabalhar a partir de casa. “Os colaboradores não vão regressar iguais ao que eram em março de 2020 e há um conceito que está a surgir que se chama ‘micro mobilidade’, uma vez que a minha casa não é igual à do meu colega e cabe aos responsáveis de tecnologias de informação começar a olhar para este desafio e procurar capacitar os dispositivos de tecnologias de produtividade como conectividade simplificada, eliminação de ruídos, teclados silenciosos, resolução de ecrãs, entre outros”, afirma.

“O novo paradigma prende-se com o facto de conseguir ter soluções e plataformas integradas que permitam estar disponível a partir de qualquer dispositivo e geografia, procurando manter a simplicidade, eficiência e aumentar a produtividade”, refere Hugo Gomes da Avaya.

Sandra Andrade partilha a opinião de que nem todos os decisores podem estar prontos para esta nova perspetiva de trabalho, uma vez que podem surgir novos desafios nas relações pessoais e na forma de “avaliar o desempenho dos colaboradores”.

 


A transformação do posto de trabalho é o real desafio. É necessário readaptar as pessoas a estas novas formas de trabalhar”.

- Cláudia Fernandes, Product and Marketing Manager Client Solutions da Dell Technologies


 

Produtividade e realidade híbrida

A realidade híbrida é já uma realidade para o novo local de trabalho, mas é preciso ter em atenção fatores como a produtividade.

Paula Fernandes da Microsoft acredita que se “não existir uma preocupação e uma atuação no bem-estar vai ser muito difícil para as empresas reterem os colaboradores. 41% dos funcionários estariam dispostos a mudar de emprego devido à sobrecarga originada pelo teletrabalho e pelo facto de terem ganho a perceção de que o mercado de trabalho é efetivamente global”.

Para Sandra Andrade (Xerox), os colaboradores ganharam um conjunto de outras noções no que diz respeito ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. “A satisfação dos colaboradores tem a ver com o espaço físico de trabalho. A questão da produtividade assenta em duas perspetivas: a chamada produtividade operacional, que é fazer o trabalho que é suposto fazer, e a produtividade estratégica que tem a ver com uma preocupação também do lado dos colaboradores que se prende com o facto de saberem como estão a ser avaliados. E esta produtividade estratégica, a longo prazo, pode comprometer aquilo que é cultura corporativa”, garante.

Rodolfo Estrompa da VMware acredita que quando a organização oferece a liberdade de trabalhar remotamente, “tem de criar condições para o consumo de aplicações. É extremamente relevante olhar para situações de alta disponibilidade das ligações de rede ou da Internet em casa, da segurança do dispositivo móvel e da segurança do data center de uma forma integrada. A solução é completa e isso é extremamente importante quando começamos a pensar, a discutir e a planear o que fazer mais à frente”.

“É de facto muito importante dotarmos as empresas e auxiliarmos os Parceiros para fazermos chegar essas soluções aos clientes de uma forma fácil e user friendly, tanto para quem as gere, como para quem as utiliza. Grande parte das empresas não têm uma equipa de IT muito alargada”, afirma António Correia da Watchguard.

Na perspetiva da Product and Marketing Manager Client Solutions da Dell Technologies, “é necessário olhar para os perfis de utilizadores, não individualmente, mas por departamentos ou por grupos de utilizadores e ver quais são as suas necessidades do ponto de vista do bem-estar e perceber como é que as pessoas estão confortáveis a trabalhar para serem mais produtivas”.

 


“Avançamos num ano, aquilo que iriamos avançar só em muitos anos em termos daquilo que é a consciência das empresas”.

- Sandra Andrade, Marketing & Communication Manager da Xerox


 

Capacitação das organizações e dos colaboradores

Com cada vez mais ferramentas e soluções disponíveis, é preciso capacitar os colaboradores de toda a informação possível, para que estes possam fazer o seu trabalho de forma mais autónoma possível.

Para Pedro Teixeira, da Comstor, é preciso apostar na capacitação dos utilizadores, nomeadamente daqueles utilizadores que não estavam tão familiarizados com as tecnologias colaborativas.

Já para Hugo Gomes, existem três pilares fundamentais para uma estratégia de sucesso. “O facto de os colaboradores serem capacitados com uma plataforma que permita melhorar a sua experiência, a automatização, ou seja, cada vez mais suporte de ferramentas que permitam ao colaborador automatizar tarefas e as suas próprias funções e ainda o facto de tornar os dados que existem convertíveis em ações concretas, portanto, cada vez mais o colaborador quer dispor de maior capacidade operativa para tomar decisões e melhorar a capacidade distributiva dos seus próprios processos de negócio”. Assim sendo, o colaborador acaba por ser um elemento fundamental também para influenciar um produto, bem como o grau de satisfação de clientes e reputação da organização.

“A Alcatel-Lucent Enterprise tem uma plataforma de comunicações que nos permite estar em qualquer parte e ter o nosso telefone de secretária no nosso bolso, sendo que podemos fazer uma série de operações, desde as mais básicas, até videoconferências e criar equipas pela própria plataforma. Estas são ferramentas que já existiam e neste momento estão a ser utilizadas no nosso quotidiano e são essas ferramentas que terão que continuar a acompanhar as necessidades das empresas e perceber efetivamente aquilo de que os clientes precisam, tornando-as mais ágeis e mais intuitivas. É isso que tentamos mostrar junto dos nossos clientes, é que muitas das vezes as ferramentas já existem, só têm de ser utilizadas da forma correta “, explica Bruno Soares.

A WatchGuard dá aos equipamentos a possibilidade de ter “uma funcionalidade que é o remote access point, ou seja, no momento em que o colaborador, mesmo num ambiente remoto, liga o equipamento, está automaticamente ligado ao SSID da empresa. Esta é uma forma de mostrar que, de facto, as ferramentas já existem e são adequadas à realidade. Portanto, a experiência do utilizador pode assemelhar-se de facto com aquela que vivia no escritório”, afirma António Correia, que acredita que a “tecnologia tem acompanhado esta evolução”.

 


“Para o colaborador trabalhar a partir de casa terá que ter sempre acessos seguros, ambientes e ferramentas adequadas e comunicações unificadas".

- Bruno Soares, Branding & Business Developer Alcatel-Lucent Enterprise by Trustvision


 

Mensagem para os Parceiros

O mundo está em constante mudança, mas a adoção deste tipo de soluções não vai desaparecer tão depressa.

“Mesmo com todas as adversidades inerentes da pandemia, o setor do IT continua a apresentar muitas oportunidades para os Parceiros. No âmbito do workplace existem grandes oportunidades como a integração de sistemas em plataformas existentes com as novas ferramentas, assim como a especialização ou a verticalização das soluções. Na Alcatel- -Lucent Enterprise, temos acompanhado o mercado e adaptamo-nos a cada cliente com aquilo que eles necessitam”, afirma Bruno Soares (Trustvision).

Para Hugo Gomes (Avaya), “esta é uma altura muito oportuna para os Parceiros porque é possível adicionar todo o conhecimento e experiência que já dispõem junto dos clientes que servem e, em paralelo, um conjunto de oportunidades que podem alavancar o seu próprio negócio, criando uma relação cada vez mais duradoura com os clientes. Ou seja, o Parceiro pode disponibilizar todas as suas capacidades, integrando as suas próprias aplicações ou o próprio software que o cliente utiliza”.

Paulo Silva, da Bitdefender, explica que, “neste momento, os Parceiros estão extremamente capacitados em muitas áreas, mas em muitas outras eles precisam do nosso apoio e de ter alguém que os suporte. Os Parceiros têm aproveitado todo este processo de transformação e muitas vezes utilizam produtos como uma oferta integrada nos serviços que eles próprios apresentam aos clientes, muito na moda do as-a-Service, e os próprios clientes acabam por valorizar isso”.

“O ecossistema de Parceiros é bastante vasto e as necessidades e especificidades de cada Parceiro são únicas. A nível de segurança, a Cisco apresenta soluções baseadas em cloud security, nomeadamente o DUO, multifactor autenticator. A nível da colaboração, o Webex representa tudo aquilo que é o conceito de colaboração da Cisco”, refere Pedro Teixeira (Comstor).

Para Cláudia Fernandes, da Dell Technologies, “há uma grande oportunidade para os Parceiros junto dos clientes, uma vez que há a capacidade de passar de uma venda meramente transacional, para uma venda de relação. Por outro lado, a necessidade que os clientes têm de evoluir para estas novas formas de trabalhar e de preparar as suas organizações para o futuro e esta implementação de tecnologias pode muitas vezes ser uma dificuldade, mas com a capacitação e formação dos Parceiros, estes passam a oferecer um papel muito mais consultivo junto dos clientes, oferecendo até os seus próprios serviços e soluções integradas”.

 


“O escritório será um local não tanto para o trabalho diário, mas sobretudo para o trabalho interativo”.

- Pedro Teixeira, Technical Account Manager da Comstor em representação da Cisco 


 

“O desafio do workplace traz muitas oportunidades aos nossos Parceiros, até porque os próprios clientes já começam a integrar dentro das suas próprias equipas pessoas com uma responsabilidade sobre workplace. A HP identificou cinco grandes oportunidades: ergonomia, saúde e bem- -estar, ou seja, todo o mercado dos periféricos e monitores vai ser uma oportunidade para os Parceiros; o desenho de novos perfis de utilizadores; um parque disperso é uma oportunidade para os Parceiros através de serviços geridos, serviços de subscrição ou gestão proativa e monitorização dos próprios equipamentos; e a questão da segurança”, revela Ricardo Lopes da HP.

Nuno Figueiredo, da Magnelusa, é da opinião de que o sistema híbrido veio para ficar. “Em termos da marca Sennheiser temos soluções certificadas de Microsoft Teams, Zoom e Google Meet para retirar o máximo de rendimento para quando as pessoas estão a trabalhar nessas mesmas aplicações”, explica.

“Análises recentes indicam que todos os serviços de adoção e de gestão da mudança para o novo paradigma registam um crescimento significativo neste último ano e são uma oportunidade para os Parceiros, especialmente para as áreas de reuniões e de chamadas. O Microsoft Teams é uma oportunidade para os Parceiros, no sentido de criar serviços de integração e de desenvolvimento personalizados, integrando as facilidades de expansão da plataforma, o desenvolvimento graças à plataforma low code no code e de criar propriedade intelectual para responder às necessidades muito personalizadas de cada um dos clientes”, garante Paula Fernandes, da Microsoft.

Para Rodolfo Estrompa, da VMware, as oportunidades são enormes, principalmente no que respeita a serviços. “Embora a solução Workspace One seja uma solução SaaS, é entregue totalmente na cloud e fazemos a gestão a partir de qualquer dispositivo. Existe a capacidade de gerir qualquer sistema operativo e isso para o Parceiro significa que qualquer oportunidade pode ser endereçada”, diz.

“O nosso Programa de Canal está completamente apoiado no investimento de tempo do Parceiro em dominar a nossa tecnologia de fácil de acesso e, acima de tudo, com grande apoio em termos de capacitar o Parceiro a prestar um bom serviço ao cliente. Muito se fala do as-a-Service e é factual. O cliente quer estar seguro e manter a produtividade”, revela António Correia da Watchguard.

Por último, Sandra Andrade garante que “a Xerox não deixa de fora os seus Parceiros naquilo que são as dinâmicas de inovação e de criação de novas soluções adequadas aos desafios atuais e futuros. Os Parceiros são o centro da nossa proposta”.

 


“85% dos millennials querem definitivamente trabalhar a partir de casa”.

- Ricardo Lopes, Portugal Enterprise & MidMarket Territory da HP 


 

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