Sara Moutinho Lopes em 2018-6-21
Ao longo de quase duas décadas, a Wavecom tem-se afirmado no mercado pelo seu know-how no desenvolvimento de projetos assentes em redes wireless. A empresa está a apostar no desenvolvimento de ofertas diferenciadoras em IT, entregues como um serviço
A Wavecom nasceu há 18 anos, em Aveiro, e iniciou o seu percurso como uma empresa especializada em redes wireless. “Sempre tivemos um forte know-how em áreas como redes Wi-Fi e ligações micro-ondas end-to-end em banda não licenciada”, indica Valter Miguel, diretor comercial da Wavecom. Apesar de se posicionar como um “wireless expert”, a empresa também disponibiliza soluções de TIC chave-na-mão e serviços de consultoria, design de soluções, suporte e manutenção, monitorização e operação de soluções TIC. “Estamos a tentar capitalizar o nosso brand awereness em tecnologias wireless no sentido de o estender também para as outras áreas onde atuamos”. Enquanto integrador, a Wavecom é Parceiro de empresas do setor de links rádio, networking, IoT e segurança e energia: Wavesys, Cambium, Proxim, SAF, Huawei, HPE, Cisco, Fortinet e APC by Schneider Electric. Além da atividade de integração, a Wavecom desenvolve soluções próprias, reflexo de uma aposta forte em investigação e desenvolvimento. A Wavecom tem neste momento 67 profissionais na sua equipa, e fechou 2017 com 6,3 milhões de euros em projetos comercializados, o que representou um crescimento homólogo de mais de 30%. “O ano de 2017 foi o segundo melhor na história da Wavecom”, afirma Valter Miguel. Fruto dos resultados positivos que consolidou no ano passado, a Wavecom ampliou a equipa e conta agora com 70 colaboradores.
IT é prioridade Este ano, a empresa prevê consolidar um crescimento na ordem dos 25%, fruto dos projetos que tem a decorrer em Espanha, mercado onde está presente desde 2015. Em Portugal, a grande oportunidade está no IT: “Queremos cimentar o nosso crescimento nesta área e apostar em projetos de mobilidade, localização indoor em tempo real e IoT”, revela Nuno Marques, administrador. A Wavecom pretende ainda criar ofertas assentes num modelo XaaS (everything- -as-a-service). “Todas as soluções e serviços do nosso portfólio serão conjugados e disponibilizados em regime de renting, em conjunto com managed services, funcionando como um seguro de disponibilidade para os nossos clientes”. O grande lançamento do ano, para a empresa, dá pelo nome de LAN-as-a-Service. O novo serviço, explica Nuno Marques, consiste em “tornar a infraestrutura de rede das organizações numa verdadeira ‘commodity’, onde o valor está na simplicidade de gestão, baixo TCO e principalmente, na autonomia que oferece em relação ao negócio da organização”. Com esta oferta a Wavecom espera “libertar os gestores de IT de tarefas ‘time-consuming’”, para que se dediquem a outras que acrescentam valor ao negócio, “nomeadamente a recolha, tratamento e análise dos dados”, refere Nuno Marques. Clientes querem focar-se no negócio A Wavecom tem percebido que a falta de disponibilidade dos responsáveis de IT para se dedicarem à análise da estratégia de negócio é uma preocupação crescente, pelo que os Parceiros que “acrescentem valor à operação estão em vantagem, diferenciando-se da concorrência”, salienta Valter Miguel. Além do mais, vivemos numa era em que a maioria dos clientes conhecem bem as tecnologias que pretendem adquirir. “O que faz a diferença são as soluções mais ágeis e eficientes e, os serviços de valor acrescentado que os parceiros disponibilizam, passando o ónus da tecnologia para os serviços”, indica o diretor comercial. “Os clientes focar-se no seu negócio e procuram Parceiros com esse know-how, que possam apresentar-lhes soluções sem falhas e que assegurem a continuidade das operações”. IoT a ultrapassar a fase dos protótipos Em 2018, a Wavecom espera um elevado investimento na área da segurança e de armazenamento de dados, não apenas pela sua importância, para as organizações, mas também pelo RGPD. Nas redes Wi-Fi existe uma “grande expetativa” com a introdução da nova norma 802.11ax, que promete quadruplicar a velocidade da rede, possibilitando débitos até 10Gbps. “Também nas redes de IoT se espera que 2018 seja o ano em que se passe de protótipos a implementações reais, com benefícios diretos para os cidadãos”, refere Valter Miguel |