Maria Beatriz Fernandes em 2023-3-17
Ao fornecer a infraestrutura e recursos necessários para alavancar a transformação digital das organizações, armazenando, processando e gerindo quantidades crescentes de dados, o data center e o edge desempenham um papel fundamental. Fujitsu, Lenovo/Intel, Maxiglobal e Schneider Electric sentam-se nesta mesa-redonda para falar sobre as tendências e evolução deste mercado, assim como das oportunidades que se avizinham
Os últimos anos foram de crescimento para o mercado de data center, mas as previsões da Gartner avizinham um ano desafiante. Como vê o mercado português de data center neste momento? Nuno Leonardo, Datacenter Business Development Manager da Fujitsu: “É interessante que faz três anos que fomos todos a correr para casa, e têm sido anos de tudo menos de comportamentos normais. Tivemos uma queda abrupta de tudo o que foi atividade comercial no mercado e de repente um crescimento acentuado e o IT ganhou um relevo como nunca teve. Resumidamente, em empresas mais pequenas pode haver alguma contração, ou um crescimento mais diminuto, mas aquilo que temos observado é que nas médias e grandes empresas o crescimento continua a ocorrer e para já está a ser um início de ano positivo”.
André Ribeiro, Data Center Field Sales Engineer da Schneider Electric: “Para o mercado português, estimando que existem 850 mil PME, se 1% fizer uma modernização dos data centers, infraestruturas e salas técnicas, são cerca de oito mil empresas, um bom começo para orientar os nossos produtos e serviços. Podemos considerar que um data center se encontra obsoleto a partir dos sete anos e as empresas tendem a melhorar e a investir nas suas infraestruturas, adquirindo produtos mais eficientes e obtendo ganhos na redução dos custos mensais. Isto leva-nos a crer que este ano poderá ser muito favorável, até porque a emergência de reduzir as faturas energéticas começa a ser premente, e os hyperscalers têm grandes projetos a decorrer em Portugal. São bons indicadores que nos levam a crer que o mercado de data centers em Portugal não está tão em retração como os indicadores da Gartner apontam para o resto da EMEA”. Ivan Couras, Chief Sales Officer da Maxiglobal: “É um facto que, desde o início do ano, não se notou um crescimento de propostas relativamente ao ano passado, houve uma certa estabilização, possivelmente por uma reavaliação das empresas que fizeram investimentos nos últimos três anos. Perspetiva-se que possa haver alguma preocupação com a recessão, mas que o interesse pelos data centers permaneça forte para 2023, especialmente no que toca à dinâmica, à eficiência e à resiliência dos data centers. Pensamos que se irá manter a procura, especialmente pelos data centers modulares, devido à escalabilidade da infraestrutura, a flexibilidade de localização, construções mais rápidas e económicas, maior personalização, tendo sempre em conta a conservação e otimização de energia e a proteção ambiental”. Luciano Zoccoli, Solution Architect da Lenovo/Intel: “Os dados locais são sempre uma dificuldade para nós, empresas internacionais, porque se olha sempre para os dados de uma forma mais global. O quarter passado foi dos melhores, se não o melhor, em termos de servidores e armazenamento na Europa e estamos com grande crescimento para este trimestre. Em Portugal, temos um crescimento mais estável; a nossa expectativa, no entanto, é que há desafios no mercado que vão exigir investimentos por parte das empresas, como a questão da segurança, da resiliência, da inteligência artificial. Há desafios aos quais as empresas têm de responder, que pressupõem algum investimento tecnológico”. A pandemia reforçou a cada vez mais relevante computação Edge. Que tendências se destacam atualmente neste mercado, em particular no âmbito do 5G? André Ribeiro, Schneider Electric: “Já constatámos que a pandemia acelerou a implementação do edge por causa da necessidade de as empresas terem acesso a plataformas de comunicação para os colaboradores. O edge foi fundamental, reduzindo a latência das comunicações, e estabelecendo bons fluxos de trabalho, não impactando as operações das empresas. Prevê-se que cada vez mais o edge vá estar presente. Quando o ChatGPT começar a ser comercializado para implementar nas comunicações com clientes, vai haver um fluxo de comunicações tão grande, ao qual só se consegue dar resposta com processamento de dados em proximidade. Com o edge a resposta é instantânea. É bem conhecido que o edge e o 5G com as velocidades de comunicação que têm, vão responder de imediato aos clientes, melhorando os serviços. O edge vai estar cada vez mais em crescimento com a massiva implementação deste género de plataformas, que vai exigir e criar muitas pressões às comunicações. Por isso, é imperativo e não há como fugir ao edge”.
Luciano Zoccoli, Lenovo/Intel: “Na Lenovo, o edge é uma das grandes áreas de investimento atual, estamos constantemente a posicionar mais produtos e serviços no mercado porque achamos que é uma área de maior crescimento nos próximos tempos. Há novos desafios também, que são necessários. Quando falamos de edge, falamos de equipamentos que estão fora do data center, mas que fazem parte de uma empresa e, portanto, têm de ter uma segurança redobrada, capazes de serem geridos remotamente, tudo isto são novos desafios que estão a ser respondidos de uma forma direta. Em termos de soluções, empresas que queiram ter alguma inteligência, têm que ter edge. A Lenovo também tem como visão que o edge vai ser o que pode empurrar a segunda vaga de transformação digital. Estas soluções podem criar aos nossos Parceiros oportunidades, serviços, soluções à volta de smart cities, de smart health, etc.”. Ivan Couras, Maxiglobal: “O 5G teve um impacto muito importante na computação edge e, consequentemente, na infraestrutura necessária a ser criada para o edge. Ao termos de ir para o edge, tivemos de pensar nas formas mais seguras de poder oferecer soluções robustas para os clientes terem os seus dados seguros e com alimentação redundante e devidamente climatizada, portanto as tendências serão os micro data centers. Todo esse trabalho de poder oferecer ao cliente um upgrade da infraestrutura para haver acompanhamento nesta evolução do 5G é promover latências mais baixas, maior segurança de rede, dispositivos com maior largura de banda, e isto tudo leva a uma evolução da parte da indústria e da inteligência artificial nos sistemas de vídeo”. A inteligência artificial tem se revelado uma grande mais-valia no mercado de data centers. Que tipo de utilizações está a ter hoje e de que forma pode otimizar o mercado? Luciano Zoccoli, Lenovo/Intel: “A inteligência artificial está a mudar bastante o data center. Primeiro, creio que edge e a inteligência artificial são coisas que estão intrinsecamente ligadas. Através da inteligência artificial nos dados, por exemplo, é possível ter software dentro do armazenamento para validar e verificar se existe realmente algum comportamento estranho que permita identificar um ataque. Estamos a falar de inteligência artificial para tools, para gestão, para segurança. Todos temos soluções de alguma forma associadas à inteligência artificial para otimizar a questão do uso destas soluções no consumo. Atualmente, os nossos data centers vivem cheios de inteligência artificial, independentemente do facto de serem servidores ou armazenamento; é um daquelas fatores que vão fazer crescer os dados, e que vão ter de ser controlados de alguma forma”. Nuno Leonardo, Fujitsu: “É um tema interessante abordar o que a inteligência artificial e também o machine learning trarão para dentro do data center. Em primeiro lugar, quando se fala em inteligência artificial no data center, as primeiras coisas que nos vêm à cabeça é otimização de custos de operação, seja através da redução de consumos, seja através de posicionamento de workloads, seja de menos custos com pessoal. Acho interessante estar aqui com fabricantes de IT, e ao mesmo tempo a Schneider Electric e a Maxiglobal. Se olharmos para dentro dos data centers, a ideia que tenho é que há dois mundos que precisam um do outro, mas que ainda pouco se tocam, estou a falar do mundo da parte mecânica, do cooling, da energia, de acessos, e do IT. Ainda continua a haver algum afastamento, mas a partir do momento em que cada vez mais estas partes começam a ter a sua capacidade sensorial para uma operação e uma gestão já digital e com proatividade, conseguimos criar sinergias entre os dois mundos através das plataformas de Data Center Infraestructure Manager. No tema da segurança, o nosso data center deixou de ser aquela sala técnica onde temos todos os equipamentos, e passou a ser uma noção muito mais dispersa. Através da inteligência artificial, é possível criar mecanismos de resposta e de reação muito mais rápidos; tem com certeza um papel muito interessante na medida em que é capaz de correlacionar eventos e fazer análises preditivas, e, inclusivamente, tomar ações face a algum constrangimento que possa haver dentro da infraestrutura e na disponibilidade dos nossos dados. Hoje, a inteligência artificial consegue servir tudo e qualquer objetivo”. A crise energética que se acentuou no último ano ganhou relevância crítica nas decisões. Como é que o mercado está a lidar com os impactos e de que forma pode a tecnologia ajudar? Ivan Couras, Maxiglobal: “A crise energética aumenta a procura de alternativas mais eficientes e otimizadas e, para isso, a tecnologia naturalmente que é uma boa aliada. Atualmente, há uma constante procura e análise de novos operadores de energia, e o conceito está a mudar. Havendo crise energética, só há duas hipóteses: desligar ou tornar mais eficiente. Desligar não podemos, por isso há que criar eficiência energética, e na parte dos data centers isso dá-se na diminuição do PUE. O que temos trabalhado com alguns clientes, nomeadamente de salas técnicas e data centers mais antigos, é a reavaliação da potência atual – que muitas vezes está desadequada –, e a sua otimização com equipamentos mais eficientes. Em muitos desses casos, a poupança energética que se traduz no imediato poderá monetizar investimentos logo em pouco tempo. Por outro lado, há uma constante procura por energias alternativas, o que obriga a propor sistemas de energias renováveis, estudar sistemas de alimentação, por exemplo, de free cooling”.
Nuno Leonardo, Fujitsu: “Na Fujitsu, o tema da eficiência energética é algo que já falamos há muitos anos, e a verdade é que a preocupação que na altura nos sustentava o tema, mais do que o custo, era de responsabilidade com o clima, com a pegada ecológica. Fomos das primeiras empresas a achar que fazia sentido ter benchmarks que não dissessem apenas respeito a performance, mas que tivessem uma relação de qual é o custo para o atingimento de uma determinada performance. Atualmente, os sistemas dos fabricantes deixaram de ser avaliados pela performance, pela velocidade e quantidade de dados que disponibilizam. O que vemos é que cada vez mais a gestão de workloads e a gestão do IT estão no centro de decisão e preocupação com o consumo energético. Felizmente essas métricas de mercado estão cada vez mais democratizadas e há cada vez mais fabricantes a trabalharem para isso. Infelizmente, a nossa sociedade tem este senão, que é o que faz avançar isto é o custo. Este tema é negativo, mas tem as suas partes positivas, que é finalmente trazer a atenção devida para o tema do consumo de energia – não pela melhor razão, mas não deixou de trazer. Para isto é interessante olhar para os data centers e o tipo de soluções que estão a ser trazidas. Por exemplo, com o tema dos immersion coolings e dos direct coolings, eram coisas que há dez anos ninguém pensaria”. André Ribeiro, Schneider Electric: “É preciso medir onde podemos atuar, e, para isso, é preciso ter dados e plataformas que nos forneçam esses dados. Constatámos que estamos a utilizar mais energia num período onde ela é mais cara. Podemos implementar sistemas de armazenamento de energia durante o dia por recurso a energias renováveis, e depois fazer uso dela quando é mais cara. Podemos ir mais além no cooling e complementar essas necessidades de arrefecimento com outra das medidas que podem ser implementadas. Quando olhamos para a geotermia, tipicamente debaixo da terra, a cinco metros, encontramos uma temperatura média de 12 a 14 graus. Podemos ir mais além e complementar as necessidades de arrefecimento com esse recurso natural e, depois, através de uma rede que utiliza um fluído, ir buscar essa temperatura. A tecnologia aqui ajuda-nos dando os dados através do software e das camadas digitais e analíticas, para tomarmos as melhores decisões e medidas a implementar”. Como pode o data center tirar partido da evolução e crescente adoção da cloud híbrida? Como se tem adaptado? Nuno Leonardo, Fujitsu: “Não há dúvida que a tecnologia é cíclica. Ainda me recordo quando tínhamos os mainframes e tudo era centralizado. Depois, apareceu a microinformática. Depois, temos bebido da virtualização com a tentativa de centralizar tudo para dentro do data center, depois o all-to-cloud, quase com a demanda de sair do data center e ir para a cloud. Neste momento, penso que os números das consultoras nos dizem que estamos a assistir a um voltar para dentro do data center, não na totalidade. Aqueles que começam a adotar a cloud também já não o fazem na totalidade e começam a existir aqui os modelos híbridos. Isto traz obviamente desafios para quem tem de gerir data centers, e creio que podem ser colocados de duas formas. O primeiro tem a ver puramente com o desafio tecnológico, que, no fundo, é a capacidade de trazer a experiência e usabilidade da cloud para dentro do nosso data center, não esquecendo também a questão financeira, como o pay-per-use. São desafios não só do ponto de vista de fabricantes de hardware, mas das camadas de orquestração; o eu ser capaz de gerir a minha carga de trabalho independentemente de onde ela está, o ser capaz de entregar ao meu utilizador final o modelo de consumo independentemente de onde está localizado o serviço ou a aplicação que pretende consumir. É um caminho que está a ser percorrido, o tema do hybrid pressupõe uma camada de heterogeneidade diferente e estamos todos à procura de uma camada de abstração ainda acima daquilo que temos trabalhado nos últimos tempos, especialmente com o tema da virtualização”. Luciano Zoccoli, Lenovo/Intel: “Os clientes que tiveram maior adoção de cloud nos últimos anos são aqueles que também têm uma maior consciência que não vão deixar de ter um data center. Isto cria alguns desafios que já têm resposta atualmente no mercado com soluções de orquestração. Fundamentalmente, a orquestração entre os recursos que estão disponíveis na cloud e os recursos que estão no nosso data center é a chave de resposta para as novas soluções. Existem já muitas soluções nesta área que estão acima daquilo que é a área de virtualização, existem soluções tecnológicas que permitem que os nossos clientes presentes decidam se o workload vai estar a funcionar na cloud ou dentro do data center, em função do seu custom e também existem soluções do ponto de vista financeiro. Queremos apresentar aos clientes o melhor dos dois mundos: o mundo da cloud tem coisas que os clientes adoram, como disponibilidade, mas a segurança que temos on-premises pode ser fundamental”. André Ribeiro, Schneider: “Relativamente à adoção da cloud híbrida, para nós tem de estar sempre alojada num data center físico. Ainda existem muitas pessoas com as quais se falarmos de SaaS acham que está alojado na cloud e não, está mesmo num data center. Para nós, é indiferente, porque vai tudo parar a uma infraestrutura física, e aí o cliente é que tem de decidir que adoção é que vai fazer, qual vai ser o modo de operação, se é uma cloud híbrida ou privada, e depois irá certamente alojar isto numa infraestrutura”. A segurança – seja ela cibernética ou física – é um elemento crucial de qualquer data center. De que forma é que a tecnologia tem servido o propósito de gerir a resiliência dos dados e redes da organização?
Ivan Couras, Maxiglobal: “A segurança é um tema muito falado atualmente, e, na Maxiglobal, temos muita atenção a todos os equipamentos que trabalhamos, mas existe também o outro lado que é a segurança física, de acesso, com sistemas de controlo, com sistemas de vídeo, que permitam em tempo real saber todos os acessos que são efetuados ao data center. Depois, há sempre conselhos que damos aos clientes”. Luciano Zoccoli, Lenovo/Intel: “A resiliência é algo que está a mudar em termos de conceito. Se calhar há uns anos atras fazíamos backup e dizíamos que estávamos seguros. Atualmente, o conceito de segurança e de resiliência são um bocado mais complexos. Os dados e como os guardamos, são fundamentais. É necessário fazer backup, mas também recuperar muito rapidamente estes dados. Creio que está a ser um grande investimento das empresas, não tanto da segurança física, porque normalmente é algo garantido, mas também do cibernética. Todos os fabricantes e Parceiros têm de investir de alguma forma”. A interoperabilidade dificulta a prevenção do downtime e a dependência entre data centers pode levar a crescentes interrupções. Como podem os riscos ser mitigados e a resiliência melhorada? André Ribeiro, Schneider: “Existe aqui responsabilidade da infraestrutura, mas também dos detentores do data center, por isso eu recomendava quatro ações que os gestores de data center devem ter sempre em mente. Primeiro, a redundância, se têm sistemas redundantes implementados e bem testados; depois, os testes regulares, que os gestores muitas vezes descuram; depois, a monitorização contínua, e, por último, um plano de contingência, que tem de estar muito bem definido, caso o downtime vá para alem do previsto – isto pode ser fruto de um ataque cibernético”. Ivan Couras, Maxiglobal: “A redundância, tanto de informação na área de servidores e computação, mas também de energia. Dependendo do cliente e do negócio, vamos sempre mais longe com uma dupla alimentação mais o gerador, que permite que se o downtime for maior do que se perspetiva, ter um plano de contingência, em vez de evoluir para o shutdown. Com o software de gestão e de monitorização de data center que temos, tentamos ir ao ponto de falha de todos os equipamentos. Não é só ter alta tecnologia; se não houver manutenção e acompanhamento, o risco de downtime cresce. É essencial equipamentos, redundância e acompanhamento por equipas técnicas”. Como podem os Parceiros aproveitar ao máximo o mercado de data center em 2023? Luciano Zoccoli, Lenovo/Intel: “Acho que é fundamental que os Parceiros que trabalham nesta área tenham know-how. Formação, acompanhar soluções e os clientes na adoção das tecnologias, e a questão da cloud híbrida são fatores muito importantes. Os nosso Parceiros têm de ter capacidade de poder integrar aquilo que são soluções de fabricantes, porque não chegamos a todos. Na cloud híbrida, existe muito espaço para os nossos Parceiros poderem criar as suas opções de colaboração, e existem muitas opções que nos dizem que os Parceiros têm muito espaço para melhorar. Desenvolver o know-how interno e aperfeiçoá-lo é algo que tem de ser feito ao longo do tempo”. Ivan Couras, Maxiglobal: “Queremos crescer com os Parceiros e cada vez mais sair um pouco da área de conforto e oferecer ao cliente um serviço mais alargado. O mercado nas áreas tecnológicas não vai parar, nós vamos estar cá a acompanhar essa evolução e a nossa infraestrutura vai ter de dar resposta a estas tendências atuais”. André Ribeiro, Schneider: “Os data centers encontram-se obsoletos depois de sete anos e temos um parque instalado no nosso país bastante obsoleto. Contando com a rede de Parceiros para ir identificando esses data centers, temos oportunidade de modernizá-los, aumentando a sua eficiência, reduzindo os seus consumos. Para isso, é preciso recolher dados, e, para isso, é preciso implementar software e camadas digitais. Nessa medida, nós podemos ajudar os nossos Parceiros a identificar as melhorias”. Nuno Leonardo, Fujitsu: “Desde logo, identificámos quatro temas orientadores do que vão ser os data centers nos próximos anos: inteligência artificial, o edge, eficiência energética, o multicloud e o hybrid. Depois, também sou da opinião que aquele Parceiro que revende apenas começa a perder aqui algum espaço no mercado e, atualmente, procuramos Parceiros que são especializados num determinado tema ou por vertical de mercado, um Parceiro que seja capaz de traduzir a linguagem e necessidade do utilizador final para a parte tecnológica, e, depois, ter cada vez mais a capacidade de trabalhar num ecossistema, o que significa capacidade de cocriação e colaboração. Muitas vezes até multifabricante, em conjunto com os Parceiros, sermos capazes de cocriar e entregar valor ao utilizador final. Neste sentido, se os Parceiros tiverem esta mente aberta para partilharem e receberem de nós, o mundo é promissor para o nosso futuro e dos nossos Parceiros”. |