Rui Damião em 2021-4-12

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A importância do smartphone empresarial

São poucas as pessoas que, atualmente, não utilizam um smartphone – quer seja para uma utilização pessoal ou profissional. A necessidade de estar disponível em qualquer altura e em qualquer lugar aumentou a necessidade de utilizar o smartphone como ferramenta de trabalho

A importância do smartphone empresarial

Para as novas gerações é quase impossível pensar numa realidade sem um smartphone, sem a informação na ponta dos dedos, acessível a partir de qualquer lugar. Para as gerações mais antigas, essa é uma realidade conhecida, mas uma realidade à qual poucos querem voltar.

A possibilidade de estar contactável em qualquer lugar, a possibilidade de ter um conhecimento quase infinito no bolso e a possibilidade de tratar de outros assuntos que não apenas uma simples SMS ou chamada levou ao crescimento da importância do smartphone.

Num contexto empresarial, o smartphone é cada vez mais relevante. A possibilidade de estar em contacto com colegas e clientes, seja por chamada, por uma aplicação de colaboração ou por email, abre portas para fazer negócios em qualquer lugar, em qualquer altura. Atualmente, o smartphone é – muito provavelmente – indispensável para grande parte das empresas e dos seus colaboradores.

Características procuradas

Habitualmente, os smartphones utilizados num contexto empresarial estão associados à gama alta, ou mesmo topo de gama, que incorporam uma série de características que são difíceis de encontrar noutros dispositivos de gamas mais baixas.

Na altura de compra de um smartphone empresarial, Ana Lorena, Head of Marketing and Communications da Huawei CBG Portugal, comenta que o consumidor privilegia características como o “desempenho”, para uma “melhor performance e rapidez nas aplicações e multi-tarefa” que permitem “abrir ficheiros pesados”, um “design premium”, “atualizações de segurança regulares” e uma “bateria de longa duração”.

“Os clientes empresariais estão à procura de dispositivos seguros com capacidade de gestão, implementação e produtividade”, afirma Carolina Prieto Sarabia, Country Manager da Motorola Iberia. A responsável Ibérica da Motorola indica, ainda, características como a certificação Android Enterprise Recommended, um selo de aprovação da Google que “certifica que os terminais atendem aos mais exigentes requisitos de desempenho de software e hardware”. Este tipo de certificação deve ser tido em conta na altura em que uma organização escolhe um novo dispositivo para os seus colaboradores.

Nuno Almeida, Sales Manager B2B Mobile Division da Samsung, explica que “fruto da adoção crescente, por parte das empresas portuguesas, de processos de negócio suportados na mobilidade, verificamos que as pessoas estão a despender mais tempo do que nunca com os seus smartphones e tablets, tornando-os rapidamente numa ferramenta de trabalho indispensável”.

Neste sentido, as organizações procuram equipamentos “que disponibilizam maior capacidade de memória e processamento, que oferecem um nível mais elevado de segurança e que permitem uma fácil integração nos ambientes e sistemas corporativos que estejam a crescer de forma consistente nos últimos anos. Os dispositivos móveis são já encarados por muitas empresas em Portugal como um ‘ fringe benefit’ o que significa que o smartphone é hoje utilizado como mais um elemento de motivação por parte dos departamentos de recursos humanos”, indica Nuno Almeida.

Linha mais ténue

O Bring Your Own Device (BYOD) teve ritmos de adoção diferentes em diferentes partes do mundo, mas a verdade é que a linha entre o smartphone pessoal e o smartphone empresarial é cada vez mais ténue.

Carolina Prieto Sarabia afirma que a gama de dispositivos empresariais tem vindo a ganhar força no mercado de smartphones. Depois de um ano afetado pelo novo Coronavírus – em que o mercado de smartphones não foi exceção – “as empresas estão a descobrir que é necessário equipar os seus funcionários com smartphones, ferramenta essencial para o fluxo de trabalho diário”.

Ana Lorena refere que a linha “entre dispositivos empresariais e pessoais tem vindo a desvanecer- se ao longo dos anos, ao mesmo tempo que as empresas adotam uma estratégia BYOD e permitem que os seus funcionários utilizem os telemóveis pessoais no trabalho”. No caso da Huawei, diz, a empresa não tem “nenhuma gama exclusiva para o mercado empresarial, mas todos os nossos smartphones se adaptam às necessidades dos utilizadores quer profissionais, quer pessoais”.

Nuno Almeida refere que a Samsung tem apostado no desenvolvimento de uma gama de equipamentos “100% dedicada às empresas” e que tem como principal objetivo “proteger os dispositivos corporativos e a informação nos mesmos, através de uma suite de software que permite à empresa gerir o seu parque de dispositivos móveis e implementar as mais avançadas políticas de segurança nos smartphones e tablets dos seus colaboradores”.

Parceiros

Quando se pensa em dispositivos como um serviço (ou Device-as-a-Service – DaaS), não se pensa imediatamente em smartphones. A verdade é que os fabricantes começam a ter estes serviços disponíveis para que os seus Parceiros possam endereçar o mercado e oferecer serviços associados a smartphones às organizações.

No caso da Motorola, enquanto empresa do grupo Lenovo, os seus serviços DaaS “incluem diferentes planos de assinatura que auxiliam as empresas principalmente na implementação e desenvolvimento dos nossos dispositivos, dentro dos diferentes serviços que oferecemos está a proteção contra danos acidentais, serviço de manutenção ampliado, implementação sem intervenção - Zero Touch, MDM e gestão de aplicações internas da empresa”.

A Samsung ainda não conta com estes serviços, mas Nuno Almeida partilha que a empresa pretende “lançar em Portugal, no decorrer do segundo semestre de 2021, um conjunto de serviços empresariais que visam endereçar”, essencialmente, “quatro dimensões: gestão e manutenção de parque, continuidade de negócio, segurança e financiamento”.

O facto de estarmos perante uma mudança que obrigou as empresas – e as próprias pessoas – a se ajustar a novas formas de trabalhar, há uma nova razão para convencer os decisores a investirem neste tipo de soluções.

O Sales Manager B2B Mobile Division da Samsung explica que se tornou fundamental, mais do que nunca, “o uso adequado e seguro da tecnologia e das ferramentas digitais para responder aos novos desafios, um compromisso que assumimos desde a nossa origem. Tudo isto faz com que seja possível oferecer não apenas um conjunto cada vez mais amplo de dispositivos móveis como um serviço único, seguro e versátil para qualquer empresa”.

Oportunidades para o Canal

Mesmo que os Parceiros possam não vender o dispositivo em si, podem vender serviços associados que são utilizados no smartphone empresarial. Para Nuno Almeida, uma das oportunidades é a segurança, que é “fundamental para qualquer empresa à medida que os seus processos se tornam mais velozes e digitais”. Depois, diz, o 5G, “uma nova rede que irá revolucionar todo o mercado empresarial português”.

Para Carolina Prieto Sarabia, “os smartphones estão a desempenhar um papel fundamental na produtividade das empresas e nas estratégias de mobilidade que as empresas estão a implementar. A incorporação de dispositivos móveis no conjunto de processos de uma empresa, supôs um importante avanço nas capacidades de coordenação do pessoal deslocado”.

Nuno Almeida partilha, ainda, que a grande transformação digital a operar em Portugal tem de estar centrada nas PME, uma vez que existem 1,3 milhões destas empresas em Portugal, correspondente a 99,3% do tecido empresarial nacional.

No entanto, “apenas 30% das mesmas recorreu por exemplo ao teletrabalho. Há muito por fazer ainda”. Assim, a capilaridade da rede de Parceiros é essencial para fazer chegar a inovação e a tecnologia necessária para suportar esta transformação destas empresas.

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