Rui Damião em 2019-3-21
Atualmente, são raros os colaboradores de uma organização que não utilizam um computador para trabalhar. O PC é o principal ponto de contacto entre o colaborador e as suas operações diárias. Mais do que nunca, as empresas precisam de estar ligadas
Hoje em dia, quando alguém quer começar um negócio, o primeiro sítio onde se dirige é para o computador. Seja para definir a ideia, para procurar maneiras de levar esse negócio a bom porto ou começar a contactar com possíveis fornecedores, o PC é o primeiro ponto de contacto para o início de uma empresa. É cada vez mais difícil encontrar uma empresa, seja de que dimensão for, que não tenha pelo menos um computador para, por exemplo, preparar encomendas. Mesmo quando se quer contratar um novo colaborador, é utilizado um computador para navegar na internet e entrar em redes sociais ou sites especializados neste tema. Mas não só são os recursos humanos que precisam de um computador. Também o departamento de comunicação, de investigação ou de desenvolvimento de produto precisam deste tipo de dispositivo. Cada um à sua maneira, cada um com os seus requisitos, todos os departamentos precisam de um computador. Desktop versus portátilSe antes a escolha de um PC para a empresa se limitava ao ‘caixote’, hoje em dia as empresas podem escolher entre o tradicional desktop ou o portátil. Tudo depende das características do que se precisa. Na última década, os portáteis têm ganho cada vez mais popularidade no seio das empresas. A tecnologia permitiu que estes equipamentos tenham um melhor desempenho e fiabilidade, para além de serem cada vez mais leves. Para equipas que tenham que estar regularmente fora do escritório, é, por norma, a melhor opção. No entanto, os desktops ainda são uma boa opção para muitas organizações. Os computadores de mesa são, geralmente, mais acessíveis quando comparados com portáteis com características iguais ou semelhantes. Simultaneamente, o custo de reparação de um computador de mesa é regularmente mais baixo do que de um computador portátil. A ergonomia do dispositivo também é importante. Se o colaborador vai passar grande parte do seu tempo na secretária, possivelmente o desktop é a melhor opção, uma vez que um computador de mesa incentiva a um posicionamento mais saudável do corpo. Naturalmente que esse problema pode ser minimizado num portátil com a compra de periféricos, como monitores ou teclados mais fáceis de utilizar. Algo que é preciso ter em conta é a atualização do equipamento. Já aconteceu com todos, mesmo que num contexto não profissional, termos um computador que parecia rápido e ajustado às nossas necessidades, mas, com o passar do tempo, vai ficando cada vez mais lento. Com um portátil, a questão da atualização do hardware é muito mais complicada do que num computador de mesa. Isto não é uma novidade, mas é um ponto que as empresas precisam de ter em conta na altura da aquisição de novos computadores para a organização, se será necessário fazer uma atualização ao hardware, como colocar mais memória RAM ou melhorar o processador. Se a resposta é sim, então, provavelmente, a melhor solução será um desktop e não um portátil. Isto acontece porque a larga maioria dos portáteis não são atualizáveis em termos de hardware. Com o objetivo de serem cada vez mais pequenos e leves, abrir simplesmente a carcaça do dispositivo já é complicado. Mesmo que seja possível, quase todo o hardware está permanentemente ligado à placa-mãe. Num desktop, esta tarefa é muito mais fácil de concretizar. Simultaneamente, e mobilidade à parte, o mais fácil de escolher acaba por ser um portátil em vez de um computador de mesa; é mais fácil de comprar e utilizar. Ao comprar um desktop, são sempre necessários outros periféricos, pelo menos um teclado, um rato e um monitor. A configuração também pode ser mais complicada e o portátil acaba por saltar grande parte desses possíveis problemas. A ter em contaAs pequenas empresas que precisem de comprar equipamentos para os seus colaboradores devem ter uma série de características em conta. Estas características podem ser a diferença entre ter uma equipa pronta a trabalhar e a fazer crescer o negócio, ou ter de esperar que o computador comece a funcionar, perdendo tempo valioso nas operações diárias. As organizações não devem necessariamente escolher o modelo mais barato. Porquê? Muitas vezes os modelos mais baratos são mais lentos do que os modelos um pouco mais dispendiosos e não há nada que pague o tempo que se tem de esperar para que o dispositivo carregue um determinado documento ou ficheiro. Poupar algumas centenas de euros na compra do equipamento pode significar perder uma grande quantidade de tempo a médio/longo prazo. Simultaneamente, as empresas devem considerar antes de comprar o modelo do ano passado em detrimento do modelo mais recente. Os computadores estão desenhados para durarem três anos; se o modelo já tem um ano, a probabilidade de trocar de equipamento mais cedo é, naturalmente, maior. É um facto que as organizações têm vários tamanhos, mas quer seja uma empresa com dois empregados ou com vinte, é importante manter o mesmo sistema operativo, seja ele Microsoft Windows ou Apple MacOS. Qualquer um dos dois dará conta do recado, é uma questão de escolher o que melhor se adequa às necessidades específicas da empresa. Depois, também é possível escolher sistemas operativos alternativos, como o ChromeOS, da Google, baseado em Linux e que utiliza principalmente aplicações web. Desde 2014 que as aplicações disponíveis para Android vão estando disponíveis no ChromeOS, o que torna o sistema operativo numa verdadeira alternativa ao Windows e MacOS. Por fim, é imperativo lembrar que os colaboradores vão utilizar o dispositivo todos os dias. É necessário perceber se o equipamento escolhido dá conta do recado, até porque um atraso pode custar dinheiro à empresa. Por vezes, gastar um pouco mais de dinheiro num equipamento à partida pode ser uma poupança a longo prazo, ainda que essa seja uma métrica difícil de medir.
As vendas de computadores têm vindo a diminuir, mas ainda são os equipamentos empresariais a sustentar um mercado que decresce há sete anos consecutivos
EquipamentosO mercado de computadores empresariais está bem preenchido de equipamentos. Desde os mais caros aos mais baratos, há opções para todas as necessidades das organizações. O ThinkPad X1 Carbon da Lenovo é regularmente reconhecido como um dos melhores deste segmento. Apesar do seu tamanho mais pequeno, este computador vem equipado com praticamente todos os recursos necessários para ter uma máquina de produtividade. As equipas que estão em constante movimento encontram neste portátil uma bateria que tem autonomia até 15,5 horas e um recurso de carregamento rápido em que 80% da capacidade é reposta em apenas algumas horas. Também o XPS 13 da Dell costuma aparecer nas listas dos melhores computadores empresariais. A versão de 2019 conta com processadores i5 e i7 da Intel de 8ª geração, memória RAM de 8GB ou de 16GB e um ecrã de 13,3 polegadas que pode ter uma resolução Full HD ou mesmo 4K. O 2-em-1 Portégé X30T-e da Toshiba foi apresentado no último ano e conta com várias características que colocam o equipamento entre os melhores do mercado. O dispositivo conta com várias entradas, seja USB Tipo C, Display Port, entrada microSIM, HDMI, USB 3.0, saídas RGB e LAN Gibabit, por exemplo. Mesmo em modo tablet, este dispositivo da Toshiba apresenta características que colocam muitos outros computadores a um canto. MercadoÉ sabido que o mercado de computadores tem vindo a decrescer. 2018, por exemplo, registou um decréscimo de 1,3% em relação a 2017. O último ano foi, na verdade, o sétimo consecutivo em que as vendas de computadores têm vindo a diminuir, salienta a Gartner. No entanto, a IDC ressalva que apesar do decréscimo do mercado, tem sido os computadores empresarias a manter o mercado à tona, muito impulsionada pelas atualizações do Microsoft Windows 10. A IDC espera que o ciclo de atualização do Windows 10 continue até 2020, altura em que a procura pelo upgrade irá diminuir. Atualmente, o mercado empresarial continua a trocar as suas máquinas com sistemas operativos mais antigos, como o Windows 8 ou mesmo o 7, pelo mais recente Microsoft Windows 10, que tem recebido atualizações anuais. Espera-se que esta substituição de equipamentos enfraqueça até ao final do próximo ano. A Gartner alerta que os fornecedores devem “procurar maneiras de manter o crescimento no mercado de negócios com o fim do ciclo de atualização para o Windows 10”. A diferença entre o mercado de consumo e o mercado empresarial é grande. Se o mercado de consumo cai cerca de 10,6% ano após ano, o mercado corporativo de computadores está um pouco melhor, com o declínio a ser apenas de 1,1%. |