Rui Damião em 2019-12-16

A FUNDO

Round Table

A cloud híbrida como resposta

Depois do êxodo para a cloud pública, há várias empresas que fazem o caminho contrário e optam por voltar a colocar parte das suas cargas de trabalho on-premises ou em clouds privadas, utilizando, muitas vezes, soluções de cloud híbrida. Alcatel-Lucent Enterprise, Atos, Claranet, Equinix, Fujitsu, IBM, Noesis, Oracle, S21Sec e Softinsa debateram nesta mesa redonda o estado atual do mercado de cloud híbrida

A cloud híbrida como resposta

Com a transformação digital a aumentar, aumenta também a adoção de serviços cloud. Boa parte das organizações optavam por uma cloud pública, mas agora, com o passar dos anos, muitas perceberam que o melhor é ter parte das cargas de trabalho numa cloud pública e outra parte nas clouds privadas: são as chamadas clouds híbridas. 

No último ano, os analistas da IDC detetaram uma tendência a que deram o nome de “cloud repatriation”: um movimento de redistribuição dos workloads em cloud pública para clouds privadas ou híbridas. 

Arlindo Dias, IBM Watson and Cloud Platform Architect da IBM Portugal, presente na mesa redonda através da Arrow, indica que, ao contrário do que os analistas da IDC afirmam, “não lhe chamaria repatriação; chamaria movimentação natural”. Os principais motivos para que se dê esta movimentação, diz, são os custos, a segurança e o controlo. No caso dos custos, Arlindo Dias salienta que também existiram organizações a ir para a cloud por causa do preço mais baixo, mas que não tomaram atenção aos custos escondidos que existem. Sobre a segurança, poderão ter sido erros na arquitetura. O representante da IBM salienta que “nem tudo faz fit na cloud”

 


“A nível mundial, os clientes olham para os seus workloads e tentam perceber onde é que faz sentido tê-los: se numa cloud pública ou onpremises” 

-Valter Fernando, Infrastructure Solutions Senior Manager, Noesis 


 

Pedro Teixeira, Cloud Sales Specialist da Claranet, acredita que este movimento existe para situações específicas e nem sempre por uma questão de preço. Existem determinados temas que fazem mais sentido numa cloud pública e, do mesmo modo, há outros que devem ser colocados numa cloud privada, “seja por uma questão de performance, de controlo ou pela poupança”. “Como em todos os avanços tecnológicos, há um investimento inicial e depois um recuo” à medida que a tecnologia vai amadurecendo. 

Fernando Dias, Iberia Biz. Dev. Director, Cloud Infrastructure and Cloud Customer da Oracle, refere que os clientes olham para as várias soluções que as empresas oferecem, seja cloud pública, privada ou on-premises, e a analisar e racionalizar a evolução. Existem organizações que por diferentes questões, em que a mais comum é a regulatória, não podem ter os dados fora do país e por, neste caso, ser mais seguro guardar os dados numa cloud privada ou on-premises em vez de confiar essa segurança dos dados a uma cloud pública. “A Oracle tem garantido que os clientes possam ter opções e que esse espetro é coberto”, diz. 

Valter Fernando, Infrastructure Solutions Senior Manager da Noesis, é da opinião que a questão da repatriação “não é assim tão grande”A nível mundial, os clientes olham para os seus workloads e tentam perceber onde é que faz sentido tê-los: se numa cloud pública ou on-premises”, indica, acrescentando que apenas “entre cinco a 10%” é que estão, de facto, a mover esses workloads da cloud pública para on-premises. "A questão que se impõe não é tanto se é uma repatriação, mas sim se devemos falar de como os clientes podem migrar workloads para a cloud ou para os seus locais on-premises e ter o melhor dos dois mundos”, afirma. 

Luís Coelho, Pre-Sales & Business Development da Alcatel-Lucent Enterprise (ALE), refere que a empresa “sempre teve” uma abordagem híbrida à cloud. “Em alguns mercados verticais, é necessário ter os dados localizados no país; por outro lado, em termos de arquitetura, e tendo em conta que trabalhamos com os media, não existe uma repatriação, mas sim uma distribuição dos conteúdos”

 


“Em alguns mercados verticais, é necessário ter os dados localizados no país; por outro lado, em termos de arquitetura, não existe uma repatriação, mas sim uma distribuição dos conteúdos” 

-Luís Coelho, Pre-Sales & Business Development, Alcatel-Lucent Enterprise 


 

Migração mais estruturada 

“Cada cliente tem os seus requisitos específicos”, relembra Pedro Mota, Líder de Arquitetura de Soluções da Softinsa, ressalvando que existe “um movimento muito forte de migração de dados, principalmente para clouds públicas, pela inovação colocada nas soluções pelos principais fornecedores”. O representante da Softinsa afirma, também, que existem migrações para a cloud privada que, por norma, se prendem com a necessidade de ter controlo sobre os dados e com questões regulatórias. 

Rui Branco, Head of Co-Managed Services da S21Sec, diz que a “migração está a ser mais estruturada”. A partir do momento em que os dados começam a ser migrados para a cloud, as organizações começam a ter cada vez mais preocupação com a segurança desses dados. O processo de migração “tem demorado mais tempo”, mas tem sido “mais pensada e estruturada”, também por causa do volume da escalabilidade dessas migrações. 

Carlos Gaspar, Head of IDM da Atos, é da opinião que não se pode chamar a esta migração uma “repatriação”. O responsável refere que há empresas que adotaram soluções de cloud, mas que por uma miríade de razões, como latência, tiveram de repensar as arquiteturas e passa a fazer mais sentido ter essas soluções on-premises. “A principal preocupação dos clientes é como fazer esta movimentação o mais simples possível”, refere Carlos Gaspar. 

 


“Existe um movimento muito forte de migração de dados, principalmente para clouds públicas, pela inovação colocada nas soluções pelos principais fornecedores” 

-Pedro Mota, Líder de Arquitetura de Soluções, Softinsa 


 

Alexandre Janeiro, Fujitsu Solutions Architect, concorda “mais com o termo movimentação do que repatriação”. “É perfeitamente natural, à medida que o mercado vai amadurecendo, existir uma redistribuição dos workloads”, explica. Isto acontece porque as tecnologias evoluem e existem mais capacidades de orquestração, mas também porque os clientes empresariais começam a adotar princípios e ferramentas com estabilidade que permitem avaliar o ambiente que dá o maior retorno para o negócio. 

Carlos Paulino, Managing Director da Equinix, acredita que existiu uma primeira visão, com a chegada da cloud, de que a promessa era “realmente muito grande”.

Essa promessa, diz, nem sempre foi cumprida até porque “ainda há lacunas na infraestrutura global que não permitem que a cloud pública seja uma solução para todas as empresas”.  Carlos Paulino diz que o on-premises consegue latências de dois milissegundos. Enquanto a cloud pública, com a atual distribuição global, não consegue ter menos de 20 milissegundos de latência, mostrando que “a cloud pública ainda não está pronta para toda a mensagem que podia dar”

 


“A principal preocupação dos clientes é como fazer esta movimentação o mais simples possível” 

– Carlos Gaspar, Head of IDM, Atos 


 

Converter o on-premises tradicional 

Mudar a infraestrutura de IT de uma organização é um processo complexo. Há vários assuntos que necessitam de ser endereçados, como a segurança, compliance, legacy e o investimento. A tecnologia tem vindo a democratizar o acesso à cloud híbrida e tem permitido a conversão do on-premises tradicional. 

A Oracle, por exemplo, tem uma solução que permite criar uma cloud privada nas localizações privadas dos clientes. 

Fernando Dias refere que o Cloud Customer – assim se chama a solução – tem como objetivo permitir que clientes empresariais mais tradicionais, com cargas de trabalho grandes e um peso bastante grande on-premises, possam tirar partido das características de elasticidade, flexibilidade de pagamento e SLA dados para começar a mover e a tirar partido desses benefícios da cloud pública sem, na realidade, ter que colocar cargas de trabalho numa cloud pública. 

O representante da Oracle diz, também, que “tradicionalmente, os países do sul da Europa têm uma adoção mais lenta de soluções cloud pública por causa da localização dos data centers”

“Temos visto que a transformação do IT está muito mais centrada nas aplicações do que na infraestrutura”, indica Alexandre Janeiro. Para o representante da Fujitsu, a “cloud híbrida é o novo normal” e onde a transformação que o mercado está a vivenciar “não é um destino em si mesmo”, mas sim o “início de uma nova jornada para a transformação das aplicações”, sendo este um processo gradual para as organizações. 

Arlindo Dias, da IBM, refere que o “cloud computing é um modelo para uma entrega de serviço”. Nos processos de lift and shift que estão a ocorrer, diz, é necessário garantir que há condições necessárias no destino. A nível aplicacional, é preciso existir uma standartização e utilização de tecnologias que permitem abstração e movimentações, explica. 

 


“Tradicionalmente, os países do sul da Europa têm uma adoção mais lenta de soluções de cloud pública por causa da localização dos data centers” 

– Fernando Dias, Iberia Biz. Dev. Director, Cloud Infrastructure and Cloud Customer, Oracle 


 

A Atos opera com dois tipos de clientes: os que querem criar as suas infraestruturas de cloud privadas e híbridas e, depois, operadores – sobretudo de telecomunicações – que pretendem disponibilizar serviços cloud aos seus clientes e pedem a automação de que necessitam para criar essa oferta. 

Valter Fernando relembra que a Noesis sempre teve duas unidades, a cloud e soluções on-premises e, agora, fazem parte da mesma equipa “exatamente para esse movimento onde é necessário olhar para as soluções como híbridas”

Pedro Mota, por seu lado, fala da experiência da Softinsa em implementar ou a transformar as soluções.  Apesar de ajudar na migração das cargas de trabalho das organizações, o representante da Softinsa relembra que, após a conclusão dessa migração, “é necessário manter as infraestruturas e as operações” através da gestão. 

 


“A transformação do IT está muito mais centrada nas aplicações do que na infraestrutura” 

– Alexandre Janeiro, Fujitsu Solution Architect, Fujitsu 


Segurança 

Nos novos ambientes híbridos e multicloud, os desafios da segurança são multiplicados por vários locais. As empresas têm de pensar nestes desafios antes de fazerem uma migração para uma cloud pública ou privada. 

Rui Branco, da S21Sec, afirma que a empresa é chamada nos processos de migração “para apoiar os desafios” de segurança que existem. "Há alguns desafios nesta movimentação: a responsabilidade e a visibilidade”, sendo necessário ter uma entidade responsável no caso de uma brecha de segurança e uma visão consolidada de todos os sistemas existentes. "A gestão de uma infraestrutura de cloud é mais uma peça do IT do cliente”, refere, acrescentando que, quando se faz um projeto num cliente, o tema da cloud aparece de forma natural. 

Valter Fernando, da Noesis, refere que o desafio é a responsabilidade, um elemento “muito importante”. “Quando fazemos uma migração para a cloud pública, há uma ideia de que os fornecedores garantem a segurança; quanto muito, os fornecedores garantem que não perdemos os dados, que as máquinas de armazenamento estão em redundância e que conseguimos sempre aceder aos dados”. No entanto, o comprimento dos dados “já é outra história” onde os clientes “têm que se chegar à frente” e assumir essa responsabilidade para si. 

“A segurança não deve ser só no ‘castelo’, na infraestrutura; devemos ir à procura das vulnerabilidades ainda antes deles aparecerem”, indica Pedro Teixeira, que refere que a Claranet analisa a dark web à procura de dados sobre os clientes que possam comprometer a infraestrutura e torná-la vulnerável. “Sabemos que os hackers não éticos se tornam especializados a cada dia que passa; a segurança deve ir no mesmo sentido”

O representante da Atos relembra que a maioria dos problemas de segurança “não são os sistemas, são os utilizadores”. “Atualmente, 80% dos problemas de segurança que existem foram causados – direta ou indiretamente – pelos utilizadores”. Carlos Gaspar dá como exemplo os grandes ataques de ransomware que aconteceram há uns anos e que “foram causados pelos utilizadores”, onde os “sistemas estavam fracos, desprotegidos”


“A segurança não deve ser só no ‘castelo’, na infraestrutura; devemos ir à procura das vulnerabilidades ainda antes de elas aparecerem” 

– Pedro Teixeira, Cloud Sales Specialist, Claranet 


Multicloud 

As empresas têm vindo a adotar diferentes modelos de cloud híbridos ou mesmo de multicloud. As empresas têm colocado no mercado várias soluções que permitem simplificar a gestão e a portabilidade dos vários workloads espalhados por várias clouds. 

O representante da Noesis refere que a gestão da cloud está muito relacionada com a gestão dos dados, até porque “os dados são o ponto mais crítico”. Saber onde estão os dados, quem lhes acede e quem os está a gerir. Valter Fernando explica que “já existem soluções a serem implementadas de gestão dos dados para que seja possível ter uma visão holística dos dados, de onde estão, de quem tem acesso”

No caso da Claranet, Pedro Teixeira explica que cada vez que a empresa, “que tenta ser o mais agnósticapossível”, endereça um cliente tenta perceber qual – ou quais – as clouds que trazem mais vantagens para os clientes. “É necessário ver qual a cloud que mais se adequa a cada cliente”, diz. “Há clientes que utilizam três clouds e são felizes. Há clientes que escolhem estes cenários de multicloud por disponibilidade”. O Cloud Sales Specialist da Claranet dá como exemplo o Netflix, que utiliza mais do que uma cloud para garantir que o seu serviço está sempre disponível para os seus utilizadores. 

Fernando Dias refere que a “questão das Parcerias” tem como objetivo “facilitar” os clientes. No caso da Parceria Oracle e Microsoft Azure: há uma Parceria formal que permite ao utilizador que vai a uma cloud Oracle e se quer ligar a Azure ver os pontos disponíveis, e o mesmo acontece quando se vai a uma cloud Azure e se quer ligar a Oracle. Depois, há uma partilha de gestão de acesso e identidade entre as duas clouds para que o utilizador não tenha “que se preocupar com esse tipo de coisas”. “O mundo é multicloud e é importante garantir que se faz o trabalho da gestão da complexidade para que o cliente possa, de forma fácil, ligar-se ao mundo”, indica. 


“A gestão de uma infraestrutura de cloud é mais uma peça do IT do cliente” 

– Rui Branco, Head of Co-Managed Services, S21Sec 


Interconectividade e edge 

Tanto a cloud híbrida como as soluções de multicloud dependem – e muito – de uma grande conectividade entre localizações para que a experiência seja a melhor possível.

Carlos Paulino (Equinix) relembra que os “três maiores cloud providers são aqueles que mais investiram em fibras óticas submarinas nos últimos anos” porque é “inevitável” que aconteça o contrário. A razão prende-se com o facto de “a conectividade ser o ponto de ordem” porque “a experiência e a capacidade de use cases que funcionem dependem de latências absolutamente baixas”.

“A proximidade à cloud é um ponto fundamental” para que a latência seja a mais baixa possível e para que as organizações não sofram com esse problema a longo prazo. A Equinix, diz o Managing Director, está a tentar atrair os principais cloud providers para Portugal para que um cliente tenha a sua cloud privada “fisicamente ao lado” de uma cloud pública que utiliza. Neste momento, diz, Portugal “parece continuar numa ultraperiferia digital”

Alexandre Janeiro explica que, “apesar dos avanços enormes que têm existido de tecnologia e networking”, tem existido igualmente uma maior “centralização da computação”. “Com uma sensorização cada vez maior dos equipamentos, têm começado a surgir um conjunto de use cases onde o near real time é muito importante para o instant data. Em alguns casos, é muito importante ter dados instantâneos”, refere o representante da Fujitsu. 

“Em qualquer desenho de solução para cloud, a primeira consideração para validar a viabilidade é a conectividade; é um ponto de decisão de go ou no go”, afirma Arlindo Dias (IBM). A latência entre data centers ou clouds é um ponto importante, até porque, diz, se o cliente precisa de ligar dois locais em continentes diferentes e a latência é de 200 milissegundos, provavelmente não irá avançar. 

 


“A conectividade é o ponto de ordem. A experiência e a capacidade de use cases que funcionem dependem de latências absolutamente baixas” 

– Carlos Paulino, Managing Director, Equinix 


 

Oportunidades para os Parceiros 

Como discutido nas diferentes mesas redondas, os Parceiros têm uma série de oportunidades para o mercado, neste caso de cloud híbrida. Cabe aos Parceiros perceber, em conjunto com o cliente, qual é a melhor solução para cada caso que, como sabemos, pode ser uma solução pública, privada ou híbrida. 

Alexandre Janeiro fala da experiência da própria Fujitsu com os seus Parceiros que, diz, “têm um conhecimento fundamental e de proximidade com um ecossistema muito alargado de clientes”. A empresa tem envolvido os Parceiros num conjunto de áreas numa perspetiva de complementaridade à sua atividade atual. “A relação de proximidade que temos com os Parceiros implica um alinhamento constante no que diz respeito à capacitação, às oportunidades e às tendências de mercado que vão mudando”

Fernando Dias refere que, no caso da Oracle, existiu alguma desconfiança para com o Programa de Canal à volta da cloud. No entanto, essa desconfiança deixou de existir, até porque “conforme fomos criando um contínuo entre cloud pura, on-premises e cloud-customer, o que vimos foi Parceiros a ganhar muita velocidade no início das implementações cloud-customer e ganharem confiança em modelos de delivery e as-a-Service”

 


“Há uma oportunidade enorme. Temos, garantidamente, mais de 80% do que é o IT em Portugal por transformar” 

– Arlindo Dias, IBM Watson and Cloud Platform Architect, IBM


 

No caso da Alcatel-Lucent Enterprise, o negócio sempre foi feito de forma indireta, através dos Parceiros. À medida que há mais soluções cloud, os Parceiros mais tradicionais começam, também, a fazer essa mudança para a cloud. As empresas contam com os Parceiros para chegar aos clientes finais, até porque os fabricantes não têm a capacidade para chegar a todos os clientes potenciais, nem ter uma relação de proximidade e um contacto direto. Diz Luís Coelho que os Parceiros podem usufruir das API públicas da ALE, desenvolver a solução e colocar o serviço nos clientes. 

A transição para a cloud não é fácil para todos os Parceiros. Muitos ainda acreditam que a cloud lhes tira oportunidades de negócio. Por outro lado, já vários Parceiros perceberam que a cloud lhes dá outras oportunidades. Luís Coelho (ALE) refere que há Parceiros que “têm uma perspetiva diferente, onde tiram partido do que já existe, do que outros desenvolveram, e incluir os seus serviços”

Carlos Paulino indica que a Equinix tem vindo a apostar muito no seu Canal nos últimos anos. A empresa, diz, não está “tanto à procura” de resellers, mas de Parceiros que, em conjunto com a Equinix, consigam “criar uma joint value proposition e ir a um cliente com uma solução global”. O cliente, explica, precisa de alguém que “simplifique a vida” e a Parceria surge nesse sentido. 

Arlindo Dias refere que há uma oportunidade enorme para os Parceiros, uma vez que há, “garantidamente, mais de 80% do IT em Portugal por transformar”. “É uma oportunidade de os Parceiros fazerem transformação nos clientes”.

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