2023-9-21
Parceiros e leitores fazem uma análise às mudanças ocorridas no setor de IT na última década, marcada pela pandemia da COVID-19 e pela guerra na Ucrânia, criando constrangimentos e desafios para o setor. A cloud, a inteligência artificial, o IoT e o machine learning são apenas algumas das tecnologias cujo crescimento foi acentuado nos últimos 10 anos
Abel Aguiar, Executive Director & Board Member, Partner Channel, Microsoft: “A última década marcou um período de franca evolução no mercado de TI em Portugal. Na sequência de uma crise, a democratização da tecnologia foi garante de recuperação, com as empresas a investirem nas suas jornadas de Transformação Digital e encontrando na Cloud o espaço para prosperarem. O mercado de TI em Portugal ultrapassou, em 2022, pela primeira vez, os cinco mil milhões de euros. Esta realidade é tão mais importante para as PME, que encontram na tecnologia a ferramenta para consolidar negócios, e na Cloud terreno fértil para desenvolver novas aplicações e serviços. A consolidação de Portugal como um hub tecnológico acentuou o espírito empreendedor do País, com nativos digitais e startups a promover uma viragem na forma como o nosso país era percecionado dentro e fora de portas. Trilhámos o rumo certo para que 2023 ficasse marcado pela consolidação da IA como a tecnologia que permitirá reinventar processos e negócios.” Pedro Gil, Presidente & Chief Executive Officer, Bravantic: “A última década no setor de TI em Portugal foi caracterizada por um intenso processo de transformação digital. A pandemia de COVID-19 acelerou esta transformação, obrigando empresas de todos os setores a adaptar-se à nova realidade. A IA e o machine learning tornaram-se não apenas conceitos futuristas, mas componentes integrantes do quotidiano empresarial. Os clientes tornaram-se mais exigentes, em busca de soluções tecnológicas e personalizadas que possam dar resposta aos seus desafios específicos. A adoção de cloud computing cresceu de forma exponencial, proporcionando uma infraestrutura flexível e escalável que suporta a inovação e a eficiência. Hoje, o foco não está apenas em vender tecnologia, mas em fornecer soluções que possam criar valor e dar uma vantagem competitiva às empresas. Como CEO, sinto que os próximos 10 anos serão ainda mais emocionantes, com novos avanços a desafiar os limites do que é possível.” José Esfola, Diretor Geral, Xerox Portugal: “A mudança é uma constante no mercado de IT, a cada ciclo surgem novas formas de abordar os problemas e novas tecnologias. Dos últimos 10 anos destaco o impacto da pandemia que foi, no meu entender, o facto mais marcante e com maior relevância, não só na nossa vida pessoal, como na atividade profissional de cidadãos, empresas e instituições públicas, determinando uma crescente aceleração dos processos digitais e das já latentes preocupações com a segurança. As novas formas de trabalho, nomeadamente o trabalho remoto e híbrido são os fatores mais relevantes desta mudança, a par das novas realidades de AI e RPA.” Luís Lança, CTO, Logicalis: “Nos últimos 10 anos, o mercado de IT em Portugal evoluiu significativamente, e a pandemia desempenhou um papel crucial como acelerador da adoção digital. As empresas e clientes tiveram de se adaptar rapidamente, impulsionando a utilização de soluções tecnológicas para enfrentar os desafios do distanciamento social e do trabalho remoto. A inteligência artificial emergiu como aliada essencial, contribuindo para acelerar a produtividade e aprimorar as operações dos negócios, resultando em uma fase de transição determinante em que todos nós vivemos.” José Manuel Oliveira, CEO, Decunify: “Nos últimos 10 anos, o mercado TI em Portugal sofreu transformações significativas, registando uma evolução, tanto na área tecnológica como nas necessidades dos clientes. A cloud revolucionou a forma como as empresas gerem e armazenam os dados, eliminando em parte a dependência de infraestruturas físicas, permitindo uma maior flexibilidade e escalabilidade. A virtualização tornou-se um dos pilares do setor, permitindo às empresas reduzir custos e aumentar a eficiência operacional. A IA e a machine learning também impulsionaram transformações como chatbots, assistentes virtuais e analíticas. Aumentaram os investimentos em soluções de cibersegurança para combater ameaças. Impulsionado pela pandemia, o trabalho remoto ganhou destaque. As empresas precisaram de se adaptar rapidamente, adotando tecnologias de colaboração e infraestruturas de acesso remoto. A procura pela eficiência energética e práticas sustentáveis tornou-se num diferencial competitivo.” António Miguel Ferreira, Managing Director, Claranet Portugal: “Os últimos dez anos mudaram de forma extraordinária o mercado de IT em Portugal graças à enorme inovação tecnológica, colocada ao serviço das empresas e das pessoas. Se tivesse de dar apenas um rosto a esta onda de inovação, seria claramente a Cloud – um modelo de serviços que permitiu democratizar o acesso à tecnologia, criar novas economias de escala, criar novos modelos de negócio, impulsionar as startups e reinventar as empresas. Foi também nos últimos dez anos que a Claranet conquistou uma posição de liderança nas TI em Portugal, fruto da ambição e da estratégia de longo prazo, ao conseguir transformar esta inovação em serviços de excelência para as empresas portuguesas.” Mário Acúrcio, Regional Sales Manager, Sysconnect: “A última década foi extremamente desafiante para o setor das TI e para os utilizadores em Portugal. Ultrapassámos uma crise financeira, um programa de austeridade e uma pandemia. Encontrámos vários desafios e necessidades que obrigaram a repensar estratégias. Foi necessário acelerar o ritmo da adoção de novas tecnologias e processos para garantir a continuidade do negócio. Várias empresas viram-se obrigadas a redefinir serviços, recorrendo à adoção de tecnologias avançadas, como computação em nuvem, análise de dados, IA e Internet das Coisas (IoT). A computação em cloud tornou-se essencial nas estratégias de TI de muitas empresas em Portugal. A mobilidade adquiriu uma grande dimensão e o trabalho remoto ganhou destaque durante a pandemia. A cibersegurança tornou-se uma questão crucial, não só com a proteção dos sistemas e seus utilizadores, mas também com a privacidade de dados. Portugal tem apostado num crescimento de ecossistemas de inovação, como hubs tecnológicos, aceleradoras de start-ups e colaborações entre empresas e universidades, que nos permite reter e criar mais capital humano.” Brás Araújo, CEO, Divultec: “Nos últimos 10 anos, o mercado das TI passou por significativas mudanças impulsionadas pela transformação digital global. As empresas do setor implementaram tecnologias avançadas para otimizar processos e aprimorar a experiência do cliente, que procura cada vez mais personalização e digitalização. Neste sentido, a inovação emergiu como um elemento crucial para mantermos nossa competitividade e enfrentarmos os desafios da atualidade.” Luís Pires, VP Portugal & EPS Director Iberia, TD Synnex: “Ao ref letir sobre os últimos 10 anos no mercado TI em Portugal, é inevitável falar em transformação, tecnologia, evolução e resiliência. Transformação. Há 10 anos começava-se a falar em Cloud, as empresas concentravam as estruturas on premise, não se falava em teletrabalho ou modelos híbridos. Hoje assistimos a uma desmaterialização das infra-estruturas empresariais, o digital tomou conta do nosso dia-a-dia e a Cloud, IoT, Data Analisys, XaaS, IA fazem parte do quotidiano. Tecnologia. A evolução tecnológica permitiu às empresas mudarem processos, tornarem-se mais eficientes, expandirem-se para novos mercados, melhorarem as condições de trabalho. Evolução. Há uma maior consciência sobre sustentabilidade, igualdade e diversidade, um sinal da evolução positiva dos últimos anos. Resiliência. A adoção de tecnologias disruptivas implica mudanças significativas no quotidiano. Estes 10 anos foram marcados por grandes desafios a nível económico e social, em especial com a pandemia. Nesse momento crítico para a Humanidade, a tecnologia desempenhou um papel fundamental, transformando a forma como até então olhávamos para o mercado de trabalho.” Jorge Queiroz Machado, CEO, CPCEcho: “A última década tem refletido a evolução das empresas, onde os sistemas de informação deixaram de ser ferramentas e soluções para serem parte integrante da estratégia e negócio. São hoje algo que se consome As-a-Service, que se integra, algo baseado em “outcomes”. As preocupações vão além da tecnologia e estendem- se para temas como sustentabilidade, responsabilidade social e TCO. Nos últimos dez anos temos como temas emergentes e dominantes cloud computing, edge computing, desafios cyber security, remote work & colaboration, machine learning e IA. A informação tornou-se um ativo fundamental, não apenas para analisar o ponto de situação, mas, sobretudo, para prever potenciais oportunidades e dotar a empresa de agilidade e proatividade. A IA, ML e Data Analytics dominam os investimentos e estratégias das empresas de hoje; o compliance e data regulation tornam mais imperativo ter sistemas resilientes, seguros e auditáveis. Com o desenvolvimento em IA, ML, quantum computing, augmented & virtual reality, automation & robotics e nanotech antevê-se uma década disruptiva e de avanços difíceis de prever que irão alterar a forma como vivemos.” Miguel Saldanha, Channel Director, HP: “Estes últimos 10 anos foram de transformação em “passo acelerado”! Tudo mudou e continua a mudar de uma forma assustadoramente rápida. E isso é ainda mais evidente no mundo das TI, que já de si sempre foi caracterizado por uma constante evolução. Se juntarmos fatores tão diruptivos quanto improváveis, como uma pandemia ou uma guerra, a velocidade dessa transformação é ainda maior. Nesta última década foram-se levantando vozes para vaticinar o fim da impressão. Mas ainda aqui estamos e o printing continua muito vivo e de boa saúde. O mesmo com os PC, mas constatamos hoje que são mais importantes que nunca. O que também tem mudado é o perfil dos clientes, cada vez mais exigentes, e os modelos de trabalho, cada vez mais heterogéneos. O Canal, em resposta a esta transformação, tornou-se mais exigente com os fabricantes que, para se diferenciarem, tiveram de apostar numa aproximação mais estreita aos seus Parceiros, dotando-os de capacidades e valências.” João Fernandes Dias, Marketing Manager Spain & Portugal, Canon: “O desenvolvimento do setor de Tecnologia da Informação no âmbito do negócio de impressão gestão e fluxos de documentos atingiu marcos significativos. A convergência eficiente entre IT e impressão desempenhou um papel crucial nesse progresso. A incorporação de soluções tecnológicas avançadas otimizou processos, elevando a qualidade e a produtividade. A digitalização revolucionou a forma como os documentos são geridos. A encriptação de dados e a autenticação em múltiplos níveis fortaleceram também a integridade dos processos de impressão. A integração de inteligência artificial e aprendizagem, viabilizou a criação de impressoras / multifuncionais e as diferentes soluções ao seu redor, mais inteligentes e eficientes. As manutenções remotas, preventivas e soluções proativas foram possíveis devido à análise de dados em tempo real. O desenvolvimento do setor de TI relacionado ao negócio de impressão tem sido desta forma admirável, com resultados ao nível da eficiência, qualidade e inovação.” Nuno Marques, General Manager, Totalstor: “Nos últimos 10 anos a evolução tecnológica tem tido um contributo ímpar na gestão das empresas, o aumento exponencial do volume de dados gerados exigiu uma transição para soluções mais eficientes e resilientes de backup e storage. Tem sido um privilégio testemunhar o impacto que esta evolução tem tido em todas as áreas. Tecnologicamente, os tradicionais backups deram lugar a soluções de armazenamento em discos rígidos de alta capacidade e à cloud, juntamente com soluções As-a-Service que proporcionam a flexibilidade tecnológica e operacional, juntamente com uma flexibilidade financeira. Em Portugal, as empresas foram percebendo a importância estratégica de salvaguardar os seus dados e de se protegerem contra ameaças cibernéticas, sendo igualmente notável a crescente integração de ferramentas de IA, permitindo uma gestão mais automatizada e proativa dos dados, identificando padrões de uso e otimizando o espaço de armazenamento disponível. O futuro reserva ainda mais inovações, garantir a proteção da informação continuará a ser um dos recursos mais valiosos para as organizações num mundo cada vez mais tecnológico e interligado.” Carlos Vieira, Country Manager Portugal e Espanha, WatchGuard: “Na última década temos vindo a assistir a uma evolução muito significativa do setor das TI em Portugal e no mundo. Vemos uma forte consolidação das infraestruturas TI, uma contínua aposta na automatização de tarefas e na inteligência artificial, e uma progressiva transição do negócio dos parceiros para os serviços. Do ponto de vista dos clientes, há uma crescente consciencialização para a importância da cibersegurança, que deixou de ser um tema de nicho, que há 10 anos era apenas abordado pelos profissionais das TI, para passar a ser algo crítico e de importância transversal a toda a sociedade, indivíduos e empresas, independentemente da sua dimensão e setor de atividade.” Ricardo Ferreira, CEO, Suprides: “Se o mundo atual é caracterizado por ser o denominado mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo), o setor IT nos últimos 10 anos exponencia esse conceito. Assistimos a cenários de mudanças complexas, rápidas e muitas vezes difíceis de acompanhar. A tecnologia tornou-se elemento nuclear na vida de pessoas e organizações, tornando-se difícil acompanhar a evolução da mesma. A “Transformação Digital” não parou de ser divulgada, recomendada e incentivada como a possível receita milagrosa para a transformação desejada. Os Parceiros viram-se a braços com uma missão e desafio que considero, em algumas ocasiões, quase “herculeano” – serem pivots dessa transformação e conseguirem criar o contexto e a base em que a aplicação da tecnologia fosse estruturalmente transformadora e não apenas conjunturalmente “sexy”. Muitas organizações souberam aproveitar o que de bom a tecnologia trouxe, mas é inegável que muito desperdício foi gerado. Milhões de euros gastos em tecnologia que não serviram para nada. Cabe-nos a todos tudo fazer para que nos próximos 10 anos se consiga aproveitar melhor as fantásticas oportunidades que a tecnologia nos traz.” André Reis, CEO, Databox: “Nos últimos 10 anos assistimos a inúmeras transformações no mercado das tecnologias de informação. Acompanhámos a evolução das soluções que os grandes fabricantes mundiais foram disponibilizando, experienciámos as alterações na forma como utilizamos esses equipamentos e a sua influência no modo como trabalhamos e nos relacionamos. Rendemo-nos a novas ideias e projetos revolucionários que foram aparecendo, e que estabeleceram novos paradigmas de consumo, tal foi a forma como se impuseram e marcaram as sociedades modernas. No entanto, para a Databox, o que mais marcou a última década foi o facto de ter de continuar a sua atividade sem o seu fundador, João Prata dos Reis. Nesse percurso, para mantermos a solidez da Databox e alcançarmos os resultados que temos hoje, foi igualmente muito importante contarmos com os parceiros certos. É com muito orgulho que recordamos a longa e forte parceria que temos com o IT CHANNEL, que tem sido um agente de aproximação dos revendedores à distribuição e às marcas, com um papel fundamental no canal das TI em Portugal.” |