2017-2-02
Em 2017, o investimento em tecnologias de informação em Portugal deverá atingir os 3,6 mil milhões de euros, um crescimento de 0,9% face a 2016, segundo a IDC
A nível da terceira plataforma (cloud, mobilidade, social business e big data), espera-se um crescimento de 11,5% durante este ano, ao passo que as tecnologias de segunda plataforma deverão cair 3%. O mercado das tecnologias associadas aos novos "aceleradores de inovação”, onde a IDC inclui soluções de IoT, Robótica, Impressão 3D, entre outras, deverá crescer 25,4% em 2017. Integrando no mercado de IT as tecnologias associadas a estes novos "aceleradores de inovação”, a IDC prevê então que, até 2020, o mercado cresça a um ritmo anual médio de 4,8% ao ano, e, em 2020, a terceira plataforma e os aceleradores de inovação representem 52% da despesa com tecnologia em Portugal. É neste contexto que a consultora prevê que, em 2020, 25% das 500 maiores organizações portuguesas irão centrar a sua estratégia de diferenciação competitiva através da transformação digital. Isto significa que irão transformar a forma como se relacionam com clientes e parceiros, e como lançam novos produtos e serviços, utilizando tecnologias da terceira plataforma e os aceleradores de inovação. “Apesar da Transformação Digital estar no topo das agendas das principais organizações de todos os setores em Portugal, a IDC prevê que, em 2020, apenas 25% das 500 maiores organizações portuguesas irá conseguir desenvolver com sucesso uma estratégia de diferenciação competitiva através da Transformação Digital, ou seja, conseguirá de fato transformar a forma como se relaciona com clientes e parceiros, e lança novos produtos e serviços, utilizando tecnologias da terceira plataforma e os aceleradores de inovação”, afirmou Gabriel Coimbra, diretor-geral da IDC em Portugal. No que toca aos departamentos de TI, a IDC prevê ainda que, devido a ausência de visão, credibilidade e capacidade de Influenciar o negócio, 40% dos CIO não conseguirá alcançar papéis de liderança na Transformação Digital nas suas organizações. É neste contexto que a IDC apresentou diversas recomendações, ao nível das estratégias de governance, segurança, privacidade, agilidade (DevOps) e contratação na terceira plataforma, críticas para o sucesso dos processos de Transformação Digital das organizações nacionais. Em 2018, a preocupação de 75% dos CIOs das 500 maiores organizações incidirá sobre o tema do RGDP. Em 2019, a IDC prevê que mais de 50% das maiores empresas portuguesas tenham uma equipa dedicada a transformação digital, e mais de metade das organizações apostará no Canal para a distribuição e integração de serviços de grandes fornecedores, com mais de 50% das receitas a serem provenientes de Parceiros. O investimento na cloud permanecerá em 2020, com 43% do budget empresarial de TI será centrado nesta tecnologia. Paralelamente, os dados serão outra aposta das empresas, com 35% dos projetos de TI das 500 maiores organizações portuguesas a serem orientados para o crescimento das receitas através da monetização dos dados. Isto será possível porque em 2020 estima-se que 25% das 500 maiores empresas portuguesas estejam nos níveis 4 e 5 (Digital Transformer e Digital Disrupter) do modelo de maturidade Digital Transformation MaturityScape da IDC. Em 2025, a consultora prevê que os efeitos da 4ª plataforma comecem a ter impacto nos mais diversos setores de atividade em Portugal, partindo do setor da saúde e outros setores com contato direto com o consumidor final. |